segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Gaslighting

Há inclusive um nome para isso: "gaslighting". Uma forma de abuso mental que consiste em distorcer os fatos e omitir situações para deixar a vítima em dúvida sobre a sua memória e sanidade.

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Sempre

Pelo menos sorria, procure sentir amor. Imagine. Invente. Sonhe. Voe.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

:)

"Estou de malas feitas. As tuas, não as minhas, numa das mais tristes despedidas que estes meus olhos castanhos já ousaram presenciar. Estou, nesta fração de segundos, te dizendo adeus com o coração sangrando, com o peito resvalando, com as forças dos punhos faltando. Vá embora. De uma vez por todas, vá embora.


Não sei se você, assim como eu, consegue entender o que é ter sua energia sendo sugada, sendo drenada para uma espécie de abismo. Não sei se você entende como é ter a tua coragem rasgada, a tua vontade anulada e substituída por sentimentos como medo, insegurança. Instabilidade. Instável. É assim que me sinto. Longe de tudo aquilo que simboliza paz para mim.


Sabe, existem pessoas de todas as formas, dos mais diversos tipos. Algumas muito parecidas com você. Uma espécie de personagem de si mesmo que se diminui para não doer. Que não ama com medo de se machucar. De ter o seu coração de louça espatifado em plena sala de casa. Pelo chão do quarto. Pelas lágrimas depositadas nos travesseiros.


Decidi que não quero mais isso. Que não posso mais fazer parte desse teatro. Dessa novela. Dessa série onde eu mesmo interpreto dois personagens. O vilão e o mocinho. Que duelam para habitarem o mesmo corpo. Para sentirem o mesmo ar que preenche os pulmões, para comandar as mesmas reações diante das intenções. Para dar as cartas depois de cada jogada. Que quer assumir o controle, mesmo estando ladeira abaixo.


Só Deus sabe como é triste reconhecer que se tem uma parte podre dentro do peito. Mas só Ele será testemunha de toda a minha luta para me recompor. Para me restaurar. Me regenerar. Para amar sem medo. Para me entregar sem culpa. Para aceitar que amores perfeitos podem até não existir, mas valem a pena serem procurados. Vividos. Cuidados. Sentidos.


É isso. Eu quero voltar a sentir de novo. Quero voltar a me emocionar. Quero recomeçar. Mas sem pressa. Sem essa vontade louca de ser par. De ser casal. Quero redescobrir as belezas da vida. Com ou sem alguém, quero ser capaz de acordar sorrindo. De dormir depois de ter a certeza que o amanhã será melhor que hoje. Por isso, vá embora. Vá embora, metade de mim que não me pertence. Que não é feliz."

(Matheus Rocha)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Eu choro todas as vezes que leio os textos desse cara...



Hoje uma mulher enviou esta mensagem:

“Ique, você “vende” a imagem de um cara comum.

Que tem sentimentos e que não deveria tratar a mulher igual lixo.

É tipo um “príncipe encantado” adaptado à vida moderna.

Eu acho que você ilude um pouco às mulheres/meninas que lêem seus textos.

Porque esse cara comum não existe.

Parece que ninguém, nem mesmo você,

tem coragem de dizer isso pra gente!

Tirando isso seus textos são lindos!”





Eu sou um cara comum

que uma vez se ajoelhou e perguntou:

“Quer se casar comigo?”

Ela respondeu: “Não.”

Peguei minhas coisas

e fui procurar uma mulher que diga “sim”.

Eu sou um cara comum

que uma vez a namorada chegou em casa chorando.

Segurei a mão dela, e disse:

“Não chora. Estou aqui.”

Ela respondeu:

“Eu te trai.”

Peguei minhas coisas

e fui procurar uma mulher que não trai.

Eu sou um cara normal

que namorou por quatro anos

e a namorada terminou por mensagem dizendo:

“Vai dar errado.”

Peguei minhas coisas

e fui procurar uma mulher que dê certo.

Eu sou um cara normal

que uma vez se apaixonou pela melhor amiga.

Se declarou.

E escutou: “Você é especial, mas…”

Peguei minhas coisas

e fui procurar uma mulher que não tenha “mas.”

E sim, uma mulher que queira mais.

Eu sou um cara comum

que chora em filme, propaganda e foto de família.

Mas neste mundo

homem sensível é “clichê” ou gay.

Eu sou um cara comum

que não quer ganhar no jogo.

E muitas vezes perde no amor.

Eu sou um cara comum

que em 2001 teve uma doença de pele

e perdeu os cabelos.

Vários amigos disseram:

“Careca? Nenhuma mulher vai querer você.”

Peguei minhas coisas

e fui procurar outros amigos que disseram:

“Você sarou? Precisa de algo?”

Eu sou um cara normal

que uma vez quando criança,

escutou um menino dizendo para uma menina:

“Você é feia.”

Ela saiu correndo chorando.

Peguei uma folha e

escrevi em todas as linhas.

“Você é linda.”

Deixei dentro da mochila dela.

No outro dia,

ela colou a folha na capa do caderno.

Eu sou um cara comum

que um dia, a namorada enviou uma mensagem:

“Eu amo você.”

Uma semana depois, terminou dizendo:

“Não vou ficar com você por pena

porque seu pai está doente.”

Peguei minhas coisas

e fui procurar uma mulher

que não tenha pena de mim.

Eu sou um cara comum

quero ter uma casa,

uma familia e um labrador.


Um cara comum

que o pai está doente.

Não fala, não anda

mas ainda sorri.

E não vai desistir.

Um homem com uma história

que ninguém acredita.

Que passa horas no banho

para a água se misturar com as lágrimas.

Que todas as noites

tranca a porta do quarto

para sua mãe não entrar e vê-lo chorar.

Que escreveu na parede:

“Mais coração, menos razão”

Que desenhou no teto

um céu cheio de estrelas.

Para sonhar, rezar e pedir:

“Deus, por favor,

você poderia mandar alguém aqui para curar meu pai?”

Eu sou um cara comum.

Não importa o quanto isso me destrua.

Eu não vou parar.

Você pode não acreditar.

Eu não me importo.

Não vou desistir.

Por que se eu desistir,

eu seria outra pessoa pela qual

não vale a pena lutar.




(The brocode)

Por isso que só atravesso na faixa :)