terça-feira, 31 de março de 2015

Choro compulsivamente sempre que leio esse texto

Um dia as pessoas se vão...


Um dia, sem aviso prévio, as pessoas se vão e nos deixam de lembrança suas histórias. Sejam elas as vividas, ou as sonhadas. E as histórias de quem se foi, é a forma mais gostosa de eternizar aquela pessoa na gente.

Quando uma pessoa querida se vai, ela nos deixa uma parte de si. Deixa também um pouco de solidão. E a solidão, com o tempo se torna amiga. E assim, descobrimos com as pessoas que se foram, que um belo abraço e um olhar carinhoso sempre se faz presente, e, que nada verdadeiramente grande se faz sem uma parcela de amor.

Lembro-me como se fosse ontem do dia em que meu pai partiu. Eu não era lá um filho muito carinhoso, confesso. Já ele, também sempre foi um homem de poucas palavras quando o assunto eram os sentimentos. Nos bastávamos assim. Um pouco antes de partir, daquele seu jeito único que mesclava rispidez e sinceridade, ele parou alguns segundos e começou a divagar comigo. E, entre olhares e choros contidos, me disse da forma mais sincera possível que no leito de morte nós somos pessoas de verdade. Somos, pois conseguimos clarear os horizontes e sentir a emoção que é vivida naquele instante. Não há outras preocupações além de viver os últimos instantes que temos.

Ainda criança, olhei para ele um pouco sem chão e perguntei como iria conseguir me refazer sozinho. E com um sorriso que pouco havia visto, ele me disse com os olhos cheios de lágrimas que: São belas as aves que voam sozinhas.

A verdade é que um dia, cedo ou a tarde, a dor invade sem pedir licença. Se coloca ao nosso lado, conversa com a gente e nos diz que não irá embora até conversarmos com ela. A dor engana, cria ilusão, se faz infinita. Hoje, sendo uma ave que voa sozinha, aprendi que o amor de uma pessoa que se foi, na verdade, não nunca se vai. Ele fica. Nas histórias, na saudade e na esperança certeira dela estar sempre torcendo por nós.

Com alguns dias cheios de choro, e algumas pessoas perdidas, a gente aprende que a vida não passa de uma oportunidade de encontro. Encontrar quem a gente ama, nos doar inteiramente e saber que, mesmo não parecendo, isso foi o suficiente.

A saudade sempre grita. Mas a certeza do coração, diz à ela que um dia a gente irá descobrir que o amor é a compensação da morte. Então, que nesse natal a gente consiga valorizar e compreender mais as pessoas. Pois, todo coração pede, implora, uma oportunidade de deixar seu amor eterno na gente.

(Frederico Elboni)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Amor em forma de foto


:)

Não lamento por ter conhecido nenhuma
pessoa que encontrei ao longo da minha vida.
As piores deixaram lições com suas passagens
insípidas e contraditórias.
As melhores vão me proporcionar gratas memórias
e fazer parte dos escritos da minha história.


(Gardenia)

segunda-feira, 23 de março de 2015

Simples

Relacionamento é um negócio simples. Se está ruim, tenta consertar (conheço casos que deram certo). Mas não perde a vida nessa tentativa. Tem muito amor no mundo para você se contentar com pouco, com solidão acompanhada. Vive. Fundamental é mesmo o amor. É bem possível ser feliz sozinho...

(Casal sem vergonha - Eduarda Costa)

quarta-feira, 18 de março de 2015

...

Não importa o quanto você tentou e deu errado,

não importa o quanto você confiou e quebrou a cara,

não importa quantas vezes você deu viagem perdida,

não importa se você teve que andar na chuva,

muito menos as vezes que seu coração foi partido...

Coisas ruins simplesmente acontecem com pessoas boas!

O importante é não parar no tempo, viver cada dia,

arriscar e ter a certeza que para cada lágrima que você derramar hoje,

vão ter duas gargalhadas de perder o ar amanhã.

Algumas pessoas vão te amar pelo que você é, e outras, vão te odiar pelo mesmo

motivo.


(autor desconhecido)

terça-feira, 10 de março de 2015

Amores tranquilos

Nunca entendi algumas pessoas na vida. Aquelas que gostam de batata frita com sorvete. As que preferem cidade à natureza. As que mandam indireta no facebook. Mas se tem um grupo de pessoas que me deixam mais confusa ainda, são aquelas que gostam de amores turbulentos.

Esse tipo de gente que é viciado numa briga. Que acha o melhor sexo do mundo aquele de reconciliação. Que usa a criatividade para inventar coisas que não existem só pra soltar faísca. Que tem orgasmos ao ganhar uma discussão. Que fuça no celular do outro torcendo pra achar qualquer coisa pra pegar no pé. Que tem como esporte favorito jogar coisas na cara. Que acha que "amor tranquilo com sabor de fruta mordida" só é bom mesmo na música do Cazuza.

(...)

Tem gente que acha que brigar todo dia ou toda semana é normal. Que acha normal levantar a voz para o outro, xingar a mãe, quebrar pratos, dizer um monte de barbaridades e, depois ir dormir de conchinha.

(...)

Assim como não entendo, mas respeito, quem gosta de batata frita com sorvete, respeito quem sofre de abstinência quando fiam muito tempo sem brigar. Cada um sabe a dor e os prazeres de ser quem é, e aina bem que existe livre arbítrio no mundo. Eu, no entanto, gosto de um amor tranquilo. (...) Na sensação de poder se jogar com a certeza que o outro vai segurar. Na sensação de entregar o coração na mão do outro e ter a certeza de que ele vai cuidar tão bem como se fosse o dele.

Porque de guerra o mundo já está cheio.

(Jaque Barbosa - Casal sem vergonha)