segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O velho e o novo amor...


O velho


Os motivos de sempre. Aquelas brigas eram como uma comida refogada. Haviam perdido a graça ou a euforia no caminho da reconciliação que sempre vinha, mas com o tempo, azedava. Tudo outra vez.. Não havia o algo "em comum" dos que velejam ao mesmo ponto. Jamais existiriam véus e grinaldas, flores, casinha branca e a sala de estar com crianças brincando. Livre das promessas ou algo surpreendente. Nada daquilo que o amor realmente faz quando existe e toca a alma. Ela queria segurança e ele deu um mundo de perguntas sem respostas. O avesso dos sonhos. A canção desafinada- trilha sonora da sua solidão. Em que instante alguém percebe o que estava lá há tempo demais para se tornarem apenas dois estranhos?

As coisas escondidas e camufladas. As coisas disfarçadas de lilás, e atrás delas um cinza profundo e devastador. Enfrentar a correnteza. Tentar. Ser altruísta-Ela se esforçou.

O que pode haver de mais triste do que ajustar-se/adaptar-se a uma situação, sem a verdade te segurando pelas mãos?

A ilusão de amor eterno! Passava da hora de se machucar ou soterrar histórias do falso príncipe que nem só pensava em ser feliz sozinho !


O novo


Ele veio depois do cansaço. Fez renascer a graça em tudo, uma alegria sem prazos de validade, o tempo amigo dos afetos que se fortalecem. Trouxe um tanto para compartilhar, outro pedaço a ser descoberto e contemplam as rotas que podem percorrer juntos. Como nos sonhos, voltaram as flores e a casinha branca. Um futuro com o grito das crianças e todo aquele bla bla bla com asas que só amor constrói. Ela podia esperar o dia de amanhã e o depois e quem sabe até o infinito dos seus sonhos. A canção na hora certa. Quem disse que não existe aquele segundo onde seus olhos atravessam outros olhos e isso pode mudar tudo? Ela gritou ao mundo sua felicidade incontida. O colorido se encarrega de cobrir as cinzas do passado que tende a ser pó e nada. Águas calmas. Certezas. É tão simples! Essa verdade do amor que cabe na palma da mão! Chegou a hora de ser feliz; enfeitar uma nova história com direito a príncipe encantado de verdade - Compartilhar a mesma teoria de felicidade e amar como se fosse a primeira vez.


(Fabiana Borges)

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ele não te ama!


Só quem viveu, pra entender a indescritível e triste sensação de não ser amada.

É sem dúvida, difícil de engolir.
Pra onde vão os seus anseios enquanto ele não te deseja?

Pra onde seguem os sonhos enquanto ele leva uma vida feliz sem a sua presença?

Pra onde vão as esperanças quando se sabe (e como!), que a sua existência é livre de algum significado pra ele e que não se pode controlar essa verdade?

Pra onde está indo seu ego enquanto te rejeita ou rejeita as coisas que vêm de você?

Ele não te ama e essa certeza soberana que ocupa tanto a mente; não é capaz de trazer mudanças imediatas na sua forma insistentemente imbecil de conduzir as coisas nem a si mesma.

Tudo é lento e dói tanto!

Dor tão imensa quanto a urgência de esquecer.

E você passa a perceber o mundo avesso as suas vontades onde quase todas as perguntas que você se faz parecem não ter respostas, menos uma: "Ele me ama?" NÃO.
Você é sim, infelizmente capaz de amar quem não te quer.

Amar mesmo sabendo que ele é a pessoa mais chata da face da terra.

Amar sabendo que você poderia ser feliz de qualquer jeito menos perto de quem tem o dom de te fazer sofrer.

Capaz de vigiar as horas que passam e que não serão mais do que de horas perdidas.

E pior que isso, capaz de puxar a esperança pelos pés, suplicando.

Você é capaz de ofuscar o brilho da sua inteligência pra dar brilho a única coisa que parece importar: seus sentimentos por ele.
Como toda pessoa sensível, são dramáticos todos os conceitos que você tenta achar a respeito.

Como é dramática (e parece que verdadeira) a teoria de que enterrar dentro de si uma pessoa viva pode ser pior e mais doloroso do que levar pra cova alguém que morreu de fato.
Não morreu por acaso; nem por uma fatalidade, não foi levado por uma imprudência ou por uma violência qualquer.

Não morreu porque ficou doente ou porque o carro se chocou contra o muro.

Morreu pra você; saiu ou nem chegou a entrar na sua vida por escolha.

E se conformar que você não faz parte das escolhas de alguém que você ama, é permanecer num velório interno que dura bem mais que uma madrugada.
Ele continua no mesmo endereço.

O telefone é o de sempre e o e-mail também.

O nick ficará online de vez em quando pra testar sua força e os seus pensamentos viajarão uma vez ou outra pra um lugar de tortura onde ele estará nos braços de outro alguém.

E você ainda será seguida pelo maldito diabinho tal qual o dos desenhos animados, te guiando entre o inconformismo e bravura de dar a volta por cima.
A urgência de entender porque ele não te ama trás a mesma angustia repleta de incógnita, que tenta entender porque você o ama.

E aquilo que provavavelmente nunca terá resposta só acaba encontrando cura no tempo, que é talvez o único e eficaz remédio.

Certamente a vida há de seguir pra um lugar colorido de novo.

Um lugar onde a lembrança de que ele não amou você será somente a certeza de que todos nós podemos amar a pessoa errada de vez em quando e sobreviver.


(Fabiana Borges)

Uma história mal contada de um não amor...


Nunca conseguiria entender o que me prendeu a você!

Pude contar nos dedos os momentos em que sorrimos juntos e as raras vezes de senso comum. Sem promessas, sem juras ao cair da tarde, sem a cumplicidade dos encontros de verdades.

Meu olhar perdido no seu e o seu perdido na vida fora daquele quarto.

Não encontrava respostas todas as vezes que me perguntava porque não consegui deixar algum rastro de admiração e porque logo em mim o avesso do encantamento.

Enquanto os turistas passavam apressados e os lap tops se amontoavam sobre as mesinhas cheias de capuccino, eu tentava me concentrar no seu olhar e salvar a memória daquele instante para empurrar a sensação triste de um longo abraço onde a maldita intuição gritava aos meus ouvidos que seria o último. O último!

Voltar pra casa com seu cheiro nas minhas roupas, a sua voz me fazendo tremer os pensamentos, suas manias diferentes das manias de qualquer outra pessoa com quem pude cruzar.

Essas coisas que nutrem os dias de quem se acovarda diante da verdade dura!

Tantas vezes eu desejei colocar a cabeça no mesmo travesseiro onde secaram as minhas lágrimas e não demorar para dormir, nem ter mais um daqueles pesadelos povoados com as minhas loucuras do "sentimento sem sentido". Eu ergui o meu mundo em torno de você até enlouquecer.

O amigo, o médico, a terapia, o remédio, as culpas, a dor, as farpas, o pânico, o caos, até o limite.

Quem entende um sentimento não correspondido sem que o viva ?

Quem ousa contar o quanto se pode e até onde se pode sofrer por alguém?

Até onde guardar o luto por quem continua vivo, mas de alguma maneira morto?

Lembro que escrevi sobre a certeza de existir um lugar colorido depois de sofrer por você.

E que surpresa: "não é que existe mesmo?".

A realidade de agora é saborosamente estranha.

Meu Deus.....eu não estou delirando e você não está mais aqui dentro.

Queimei todas as perguntas. As noites que sempre pareciam longas me trouxeram de volta as boas horas de sono; os dias que se arrastavam voltaram a seguir o ritmo do trabalho, da presença alegre dos amigos, de ver o sol por fora da minha janela, de festas que eu já não freqüentava, das chances que eu não me permitia, os novos encontros, os reencontros inesperados ou recusados presos a sua sombra, as viagens pra fora de uma alma vazia da sua presença e completamente livre da angustia.

Viramos crianças quando deixamos de sofrer, porque experimentamos a vida como se tudo nela fosse novo, aliás, tudo muda depois das privações, provações e provocações as quais as circunstâncias que não ter o que se que quer ( ou pensa que se quer ) sentencia, e posso olhar as pessoas finalmente com a capacidade de observar o que ficava invisível através da sua lembrança.

Foi preciso deixar você se perder de mim para encontrar o equilíbrio incapaz de existir enquanto me fiz refém de elementos frutos das minhas ilusões...

Quem disse que "esquecer é uma das tarefas mais difíceis a que se submete o ser humano" tinha razão. Mas a paz; as belezas que posso vislumbrar diante do novo caminho, me fazem entender que existe um sentido para todas as forças, inclusive as estranhas que me arrastaram em direção ao nada.

O destino que me fez encontrar você, não pôde gerar os frutos que um dia julguei essenciais, mas foi sem dúvida um passo importante pra que eu descobrisse o mapa que tem me guiado até um pedaço de paraíso que me complete.


(Fabiana Borges)

Em fim...

Cospes palavras que talvez nem quisesses dizer.
Mas cospes com vontade, assim, bem na minha cara.
Xingas, me humilhas, maldizes o amor, a mim e desdizes todas as juras e tudo o que antes parecia bom.
Mesmo assim eu te agradeço. Pois pelo teu cuspe assim espalhado por todos os meus poros, tive coragem de assumir discordar de ti e mesmo assim te dar razão.
Não maldigo nossa história, mas nós dois seremos menos um.
Obrigada pelas malas tantas vezes feitas, desfeitas, refeitas, pela confusão que tuas roupas causaram em meu chão, minha cama, meu armário, em mim.
Pela bagunça das tuas coisas que nunca se decidiam se ficavam ou não e agora que se foram, não poderiam estar melhores.
Assim as minhas respiram.
Lembrei o quanto era bom te ter daquele jeito, tão dentro das minhas paredes, e do quanto é melhor ainda ter-te tão longe de minhas portas, pois assim fico mais perto de mim.
Teto, piso, janelas, frestas se enchem de mim mesma, coisa que já havia sido enterrada no jardim.
E mesmo tu tendo descascado as paredes, quebrado copos, pratos, lâmpadas, desfeito o lar que eu entreguei a ti, as portas vão estar sempre abertas, porque eu sempre fui boa anfitriã e tu me havias feito esquecer até disso.
E já ia esquecendo também de agradecer-te pela dor.
Porque ela me fez perceber o quanto sou forte.
Pelo teu desprezo, que me fez descobrir o quão gigante sou perto de ti.
Obrigada por me lembrar que existem outros tão ou mais interessantes que tu e que eu já nem mais enxergava.
E pude até notar assim em mim e também ser notada, que sou tão ou mais interessante que tu. Eu que nem era mais eu, agora sou tão mais vida, mais sorriso, mais liberdade, mais leveza.
Que tu me eras metade e quando te arrancaste de mim, pensava que levarias uma parte essencial minha, mas quase não causaste estrago.
O pedaço que deixaste me foi suficiente, bem mais saboroso.
Tu levaste as mentiras, as traições, os gritos, as loucuras, a perda de tempo e me deixaste o prazer, a verdade, a doçura, a lealdade.
Não me deixaste sequer arrependimento, pois da minha parte estava tudo em seu lugar.
E não te enganes que serei como tu, a me vingar por aí pelo pouco que me deixaste.
Porque só me fizeste crescer com tuas estupidezes, e só me deixaste na boca a vontade de morder mais uma vez a maçã, sem nem saber ser escolhi a certa.
E começar tudo de novo, talvez até com mais entrega, agora que me deixaste a certeza de que eu é que era a melhor metade.
Nem vou sair em busca da outra, ela há de me encontrar por aí.
Se não for pedir muito, quero que guardes nossas fotos, pra te lembrar o quanto ainda vais demorar a ser tão feliz de novo, cuida do nosso cachorro, pra ter alguém a quem olhar e nem me devolvas aqueles cd’s, aprendi músicas novas e já sei tocar aquela gaita.
Espero um dia te dar um abraço desses que sufocam e te agradecer pelos bons momentos e principalmente pelos maus.
Mas peço que não te arrependas jamais, que se não tivéssemos dividido eu não teria somado tanto.
E também, se não tivesses me subtraído, não iríamos mesmo ter multiplicado.
‘Vamos ser infelizes para sempre, até que a sorte nos separe’.
E pela primeira vez eu tive sorte no jogo.
(Autor desconhecido)

Dar não é fazer amor!


Dar não é fazer amor.


Dar é dar.


Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.


Mas dar é bom pra cacete.


Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...


Te chama de nomes que eu não escreveria...


Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos animais.


Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.


Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe...


Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.


Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...


Te amolece o gingado... Te molha o instinto.


Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.


Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.


Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.


Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.


Dar é bom, na hora. Durante um mês.


Para os mais desavisados, talvez anos.


Mas dar é dar demais e ficar vazio.


Dar é não ganhar.


É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.


É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.


É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?".


É não ter companhia garantida para viajar.


É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.


Dar é não querer dormir encaixadinho...


É não ter alguém para ouvir seus dengos...


Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.


Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.


Esse sim é o maior tesão.


Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz voce flutuar.


Experimente ser amado...




(Luís Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

As últimas palavras que te pertencem...

Eu achei que você ficaria alí. No meio das lembranças incomuns. Agora, fico pensando no quanto te criei. Criei o que eu sempre desejei que você fosse, por não aceitar o que você sempre foi. Sem bilhetes apaixonados, sem promessas, sem provas sobre nós dois. Mas te manteria naquele espaço que a gente reserva pra quem fez a diferença...
Mesmo que a doçura dos nossos instantes coubesse apenas na palma da minha mão, mesmo tendo sido aquele pedacinho de sonho, eu teria feito de conta que você nunca me olhou ou quando o fazia, era sempre pra apontar meus defeitos como um mal a ser cortado pela raiz. Em cima da estante o livro da Martha Medeiros e a ironia de perceber de que fomos apenas uma crônica e nunca uma história com começo, meio e fim. Não ficará o seu olhar na despedida. Não sobrará a nossa pequena lua de mel como estoque de memória alguma. Porque a sua presença por aqui se tornou algo impossível de carregar. Estou jogando tudo fora, exatamento do jeito que o seu mundo me ordenou. Eu vou te odiar no princípio e quem sabe no fim, e vou odiar todas as palavras que vieram de você e toda sua pretensão de ser sempre o dono da verdade. Eu vou odiar a sua indiferença e o seu sarcasmos sorrindo escancarado pra minha dor, como se a minha dor fosse capricho ou monstruosidade. E com toda tristeza capaz de me invadir, esmagar cada pedacinho atrevido na sua direção, mesmo que eu tenha que esfregar na cara desses pedacinhos imbecis, o quanto pela primeira vez na vida alguém ousou questionar minha capacidade de atrair admiração e ser amada ( inclusive pelos meus amigos).
As culpas estão aqui, meu "bem". Vão embrulhar o meu estômago até vomitar o que resta de você. As culpas estão todas aqui, e eu não vou fugir da maior de todas: esse misto de burrice e suicídio. As culpas estão todas aqui porque foi aqui que tudo começou, e foi aqui que eu te desenhei completamente errado. "Eu não sou vítima , meus queridos". Você sempre quis que todos soubessem disso: Ninguém que cava a própria dor pode ser vítima de coisa alguma. Pronto? Satisfeito?...eu não sou vítima, mas por mais que você tenha esquecido, eu sempre fui um ser humano. Como um mantra, e bem baixinho, repetirei como quem conta carneirinhos antes de dormir, que você nunca me amou, nunca saboreou um pedido de desculpas porque sequer pensa que errou algum dia , nunca me desejou feliz aniversário, feliz natal, feliz ano novo sem que eu precisasse quase implorar, nunca lembrou que sou mãe e sou sensível, e que apesar de não ser descolada, segura, ou moderna o suficiente pro seu gosto, aqui existia um sentimento raro. Mais do que me faltar como homem, poderia ter me faltado menos, como amigo ( o problema é que até nisso eu te criei ).
Mas pra que mesmo você ia me enxergar? Nunca dei tempo, nunca mereci. Nunca te amei, não é mesmo? (PQP, como eu queria que isso não tivesse sido verdade!). Eu me joguei pra que a última pedra caísse sobre mim. E o que mais doeu foi ver as suas mãos lá, ajudando para que elas me acertassem. Parabéns pra você , parabéns pra vocês. No alvo: minha alma.

E só pra constar: Esse é apenas mais um dos meus textos que você tanto detesta. Mas tenha certeza, que é o último sobre você.
(Fabiana Borges)

Conversas com o espelho...

Sabe aquele friozinho na barriga? Aquele que você sente, meses a fio, anos a fio. Só por ele?
Sabe aquele desejo que invade sua alma, fisga suas entranhas, como se o mundo inteiro não existisse, porque só o fulano parece ser o grande super herói da parada?
Aquele friozinho na barriga não correspondido pode ter tantas portas pra abrir, tantas trilhas por onde se enfiar e fazer qualquer sorriso amarelo mudar de cor.
Aquele desejo inútil não tem dono coisíssima nenhuma menininha boba e apaixonada! E dobrando a rua você pode descobrir uma vida cheia de prazer de verdade. Sem dor.
Sei lá se foi na novela, num filme (a gente anda se entupindo de fantasia ultimamente pra fugir da vida real), mas em algum lugar alguém dizia que uma relação só vale a alma quando o prazer for nove vezes maior que o aborrecimento. Verdade.Verdade. Verdade.
Você não está cansada de procurar as gotinhas no fundo do copo? Cansada dessas madrugadas se perguntando "eu sou mesmo um monstro? "
Ele não quer? O negócio é mandar pro inferno, lá deve ter mil pessoas cheias de boas intenções, auréolas em suas cabecinhas vazias. Lá deve tocar uma música eletrônica dessas que neguinho finge gostar enquanto também finge se divertir. Na hora de dormir , um vazio filha da mãe (bem feito!).
Sem intensidade? Ok , cada qual colhe o que plantou. Deixa ele lá, estendendo o tapete pra quem sabe amar melhor que você e dizer amém com cara de samambaia. Deixa que ele faça o que quiser da vida enquanto explode entre todas as prioridades de um mundo capitalista que deve fazer um bem enorme dentro de um conceito egocêntrico sobre felicidade.
Mulherzinha pretensiosa! Pela última vez vê se te enxerga de lupa. Olha bem quanto amor há dentro de você pronto pra explodir, quanto desejo jogado no ralo! Quantos planos por quem nunca fez planos com você!
Pois é! Fique um pouco azeda do jeitinho que a vida é. Como as pessoas foram quando te jogaram fora, como elas são quando acham que tem toda razão do mundo e fazem disso um belo motivo pra dar coice nos que como você, já estão fracos o suficiente pra mover um músculo ou se defender.

Azeda com as cores que se perderam enquanto você fazia escolhas erradas e depois posou de coitadinha pros amigos, pro blog, pro travesseiro amarelado desse choro cansado e sem sorte.
Fique azeda também porque depois sempre vem um sabichão qualquer achando que sabe interpretar brilhantemente toda amargura do mundo. "Lá vem mais uma mal amada, se queixar" não é?
Cada um usa a palavra que bem entende pra se libertar. Cada um segura a sua mão até onde convém. Cada um dobra a esquina e diz nunca mais a hora que achar que deve não é mesmo?Aproveite todas as palavras que não queria ouvir e as faça te curar. Está na hora de abandonar esse ciclo vicioso em que se meteu...Não corra mais atrás. Não se atrase. A resposta é : Apesar de tudo....Não!!!.....vc não é um monstro.
(Fabiana Borges)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Eu rabisco o sol que a chuva apagou...


Algumas frases de Renato Russo:


"Quero ter alguém com quem conversar. Alguém que depois não use o que eu disse contra mim..."


"Tenho saudade de tudo que ainda nao vi."


"Quando se aprende a amar, o mundo passa a ser só seu."


"Triste coisa é querer bem a quem não sabe perdoar..."


"O céu já foi azul, mas agora é cinza. E o que era verde aqui já não existe mais..."


"Quem pensa por si só é livre e ser livre é coisa muito séria."


"Não preciso de modelos. Não preciso de heróis. Eu tenho meus amigos."


"Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?"


"Se a paixão fosse realmente um bálsamo, o mundo não pareceria tão equivocado, te dou carinho, respeito e um afago, mas entenda, eu não estou apaixonado..."


"E mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem..."


"Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade."


"Enquanto a vida vai e vem,você procura achar alguém que um dia possa lhe dizer: Quero ficar só com você!"


"Se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo."

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Estou me convencendo de que sou a pessoa errada...


Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim.

(Ana Carolina)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Não foi em vão... (pelo menos isso)


Eu já meditei sobre todas as coisas que perdi. Lamentações repetitivas ; aquele mundo pequeno demais ; o amor e eu. De longe e sem dor, sou outra. Voltei para mim mesma , para os de sempre , e estou indo para o novo ; onde me completarei. Mas existem fatos que enxergo não apenas porque amei ou porque me esforço em acreditar no lado bom das pessoas ou no meu.Você me fez uma pessoa melhor. Eu que fui fundo na minha podridão ou no meu egoísmo. Eu que esqueci limites e me comportei tal qual um perdedor inconformado. Eu que exigi demais da sua vida e abri mão da minha. Quase não lembro a guerra dos nossos opostos ou frases de socar o estômago. Porque prefiro pensar num instante que parecia nosso e para sempre; uma alegria que nem de longe tem a cara da ilusão. Quem disse só há beleza no infinito? Você me fez feliz e não importa mais o quanto isso tenha durado. Hoje eu desejo o seu bem diferente de quando te queria. Porque hoje isso vem de graça e sem pedido algum. Agora o seu mundo é apenas um mundo distante onde não me vejo, mas para o qual eu torço verdadeiramente e mais (isso é gostar, não é?). Foi através de você que finalmente eu descobri quanta teoria há por trás do "não ser insubstituível". Cada um tem seu encanto de algum modo, e pede para ser infinito apenas num sonho bom, nada mais. Você não é único em tudo, e agora que tenho certeza, posso sorrir abobalhada e abraçar um fio enorme de esperança em direção ao próximo. Então, tem outra parte maravilhosa pós-você. Estou de olhos bem abertos ( como naquele filme que vimos juntos , do Tom e da Nicole )! A gente se permite até sermos transparentes em essência, mesmo que as máscaras caiam no final! Aquela fé em mim voltou. Eu sou; eu posso, eu mereço. Eu me pertenço e pertenço a quem me vê por dentro e me abre espaços. Triste admitir, mas é provável que eu jamais valorizasse algo assim tão intensamente, se você tivesse me amado. Te devo mais uma! Agora o mais importante e irônico até. Você, que tanto me fez sofrer, me aproximou de Deus!


Por tudo, obrigada!


(Fabiana Borges)

Eu quero um final Clichê


Nos afastamos em silêncio. Nenhum dos dois disse uma palavra.

Eu, porque qualquer palavra que viesse à mente, mal passaria pela garganta num choro engolido. Você, porque nem sabe que precisa realmente falar alguma coisa.

Nos afastamos em silêncio.
Foi uma pena para mim que não aprendi a dizer chega.

Foi grande sorte para você, eu ter aprendido a ser tolerante em grau máximo.

Só de pensar em dizer que eu te amo, meus olhos se enchem de lágrimas, como agora.

Nunca te disse. Talvez naquela tarde, bem rápido, não sei se você ouviu.
Queria tanto que mágoa tivesse prazo de validade.

Queria poder jogá-la no lixo reciclável e transformá-la num bibelô qualquer, num objeto não-cortante (porque ainda me corta), num urso de pelúcia.

Mas a mágoa fica no coração, e este, eu não posso descartar.

Além da dor, ele carrega sentimentos aquém da sua própria imaginação.
Já quis te ver atrás das grades, nos meus surtos adolescentes.

Ela não deixou. Sim, ela, a quem eu devo simplesmente tudo. Eu não queria prender você, na verdade.

Eu queria prender todos os sentimentos que me fizeram arder em choro.

Ou os que prenderam minhas lágrimas, estes, os piores.
No meu corpo, a roupa mais bonita era sempre para passear com você.

No céu, o sol brilhava garantindo um dia perfeito.

No relógio, as horas passavam indicando que você não viria. Mais uma vez.
E ali estava eu, sentada em frente à janela, de maria chiquinha no cabelo e com a roupa mais bonita, aquela de sair com você.

No cenário, a minha casinha de almofadas. Destruída. Assim como eu.
Aquele dia eu não escrevi. Seria mais uma página em branco a se juntar com as outras.

Aquele dia eu não escrevi. Você jamais leria.
Engraçado como tenho aversão por finais. Finais de filmes, novelas, fatos reais.

Não gosto de assistir a finais. Se não são meus olhos que cerram, são meus pensamentos que devaneiam.

Deixe-me entrar. Não quero ser apenas uma figurante da sua história.

Quem sabe assim, eu consiga escrever um final. Feliz.


(Miréille Almeida)

domingo, 14 de setembro de 2008

Com você o meu mundo ficaria completo...o problema é que eu te amo!







Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo



Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema



Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando



Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando



Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano



Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina



Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor



O problema é que eu te amo



Não tenho dúvidas que com você daria certo



Juntos faríamos tantos planos



Com você o meu mundo ficaria completo



Eu vejo nossos filhos brincando



E depois cresceriam, e nos dariam os netos



A fome que devora alguns milhões de brasileiros



Perto disso já nem tem importância



A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente



Dela eu já nem me lembro



A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente o seu sentido,



As datas, fatos e aniversários passamS



em deixar o menor vestígio



Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora



Pelo outro ouvido



Roubaram a carteira com meus documentos



Aborrecimentos que eu já nem ligo



Não é por que eu quis e eu não fiz



Não é por que não fui



E eu não vou



O problema é que eu te amo



Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto



Juntos viveríamos por mil anos



Por que o nosso mundo estaria completo



Eu vejo nossos filhos brincando



Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos



Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo



E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio



Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte



Para andar comigo



Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível



Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando



Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando



Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou



O problema é que eu te amo



Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto



Juntos morreríamos, pois nos amamos



E de nós o mundo ficaria deserto



Eu vejo nossos filhos lembrando



Com os seus filhos que já teriam seus netos.






(Cássia Eller)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Chega uma hora que cansa...

Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa!
Cansa na hora que você percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo!
A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone sempre altíssima.
Mas e ai? O que isso te acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: Por que aquela pessoa, pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida???
Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane!
Não adianta: as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser!
Tem gente que diz que não é..."Eu não sou ansioso, as coisas acontecem quando tem que acontecer". Mentira! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido...
Acredito que o status de o amor ser cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor.
Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...
Não lembro se foi o Wando ou se foi o Reginaldo Rossi que disse em uma entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you" e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho.." eles não venderiam mais nenhum disco.
Não adianta, o publico gosta e vibra com o brega.
Não adianta tapar o sol com a peneira.
Por mais que você não admita: Você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em "Titanic" e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em "Uma Linda Mulher".
Existe pelo menos uma música sertaneja ou um pagodinho que te deixe com dor de cotovelo; Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio da rua você sente a maior inveja; Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone toca" em alguma das sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja; Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco; (será que só uma vez na vida??? acho que não) Bem, preciso continuar? Ok acho que não... Negue o quanto quiser, mas sei que já passou por isso, e se não passou, não sabe o quanto está perdendo..."O problema de resistir a uma tentação é que você pode não ter uma segunda chance".

(Autor desconhecido)

Anjos de quatro patas!!




Existem pessoas que não gostam de cães!


Estas, com certeza, nunca tiveram em sua vida um amigo de quatro patas.


Ou se tiveram, nunca olharam dentro daqueles olhos para perceber quem estava ali.


Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor.


Quem mais pode dar amor incondicional,


Amizade, sem pedir nada em troca,


Afeição, sem esperar retorno,


Proteção, sem ganhar nada,


Fidelidade, 24 horas por dia?


Ah, não me venham com essa de que os pais fazem isso,


Porque os pais são humanos, se irritam, se afastam.


Um cão não se afasta, mesmo quando você o agride.


Ele retorna cabisbaixo, pedindo desculpas por algo que talvez não fez,


Lambendo suas mãos a suplicar perdão.


Alguns anjos não possuem asas,


Possuem quatro patas, um corpo peludo,


nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.


Apesar dessa aparência,


São tão anjos quanto os outros (aqueles com asas)


e se dedicam aos seus humanos tanto quanto


qualquer anjo costuma dedicar-se.


Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!




(Autor Desconhecido)
obs.: Essa coisa fofa é a Meg, minha cachorra linda!

Ai ai...


Quem nunca ficou fazendo plano deitado na cama antes de dormir?

Quem nunca leu e releu um histórico de MSN e lembrou como se fosse na hora?

Quem nunca viu uma foto e pensou como seria se você estivesse lá?

Quem nunca precisou ouvir um elogio pra se sentir bem?

Quem nunca falou alguma coisa e se arrependeu depois?

Quem nunca teve um sonho perfeito e ficou puto de ter acordado?

Quem nunca ouviu uma música e lembrou de alguém?

Quem nunca olhou pro celular achando que era ele e era sua mãe?

Quem nunca ficou preocupado por um motivo ridículo e prometeu que não iria mais gostar de quem te fez sofrer, mas foi em vão?

Quem nunca se iludiu?

Quem nunca teve vontade de sumir e só voltar quando tudo estivesse bem?

Quem nunca amou e não foi correspondido?

Quem nunca viu um filme de romance e quis ser feliz para sempre?


Na vida tudo está sujeito a acontecer ... basta você querer!


(Autor desconhecido)

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pessoal e intransferível


Não importa quantos erros, descompassos, projetos preteridos, corpos suados em nossa cama tenham acontecido. Não importa se ele foi triste, monótomo ou irrealmente agitado. Não importa o montante de dinheiro ganho e gasto inutilmente. Quando se ama alguém, inclusive a si mesmo, e se aceita outra pessoa fazendo parte do seu cotidiano e escrevendo a quatro mãos o diário imaginário da vida, aceita-se também a história pregressa, tudo o que não presenciamos, de que temos ciúmes ou raiva. Tudo que é alheio a nós.

O passado, em cada ínfimo detalhe, é o responsável por quem somos hoje--- e se existe amor nesse instante é porque esse alguém trilhou por cada passo sórdido ou sem importância de sua biografia. É porque esse alguém existe e já existia antes de entrar em sua vida. Antes de você entrar na vida dele, e como é duro admitir, no alto vôo de nosso egocentrismo, que somos preteríveis, substituíveis. Que a primavera não vai atrasar nem o céu desabar no momento do nosso distanciamento.

É difícil lidar com o passado de quem amamos porque é então que enxergamos com crueza a relatividade de nossa importância, notamos que o amor hoje dedicado a nós já pertenceu a outros.

O passado é sagrado e deve ser tratado com respeito e com um distanciamento cordial para não cairmos no poço fundo da nostalgia.

O passado é a única coisa que realmente nos pertence.


(Ailin Aleixo)

TUDO PASSA!!


Na vida tudo passa
Não importa o que tu faças
O que te fazia rir
Hoje já não tem mais graça
Tudo muda
Tudo troca de lugar
O filme é o mesmo
Só o elenco que tem que mudar
Que alterar pra poder se encaixar
Se não for pra ser feliz é melhor largar
Então se ligue e busque felicidade
Pra existir história tem que existir verdade
Numa estrela cadente o sonho se faz presente
No compasso do batuque de um coração doente
A fera tá ferida mas não tá morta
Deus fecha a janela mas deixa aberta a porta

Então se ligue e busque felicidade
Pra existir história tem que existir verdade
Então se ligue
Pra existir história tem que existir verdade

Porque o sol não se tampa com a peneira
Pra quem já tá molhado um pingo é besteira
Renovo minha força vendo o sol se por
Pensamento longe renovo meu amor
Minha voz paz é com a tristeza que eu veto
Não importa qual o papo
O papo aqui tem que ser reto
E cada chaga que a gente traz na alma
É a confirmção de que a ferida sara
E se restaura, já foi cicatrizada
Eleve as mãos pros céus
Que a tua alma tá blindada
Pois ninguém vive conto de fadas
Prefiro meu degrau
Do que sua escada

Então se ligue e busque felicidade
Pra existir história tem que existir verdade
Então se ligue
Pra existir história tem que existir verdade

Que por sinal é pra subir e pra descer
Um degrau de cada vez é assim que tem que ser
Tá entendendo o que eu tô falando
Caiu a ficha ou ainda tá boiando
Minhas palavras pairam pelo ar
E o meu show tem que continuar
Por isso eu continuo no rap eu destruo
Como dizia ali dou ferroadas e flutuo
Que nem no ringue tem que ter molejo
Na minha criação a força vence o medo
Sem querer controlar o que sinto
Vivo sem deixar sombras no tempo

Então se ligue e busque felicidade
Pra existir história tem que existir verdade
Então se ligue
Pra existir história tem que existir verdade.

(Túlio Dek)

domingo, 7 de setembro de 2008

A despedida do amor!

Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também. Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.
(Martha Medeiros)

Talvez...


"Talvez eu venha a envelhecer rápido demais. Mas lutarei para que cada dia tenha valido a pena.

Talvez eu sofra inúmeras desilusões no decorrer de minha vida. Mas farei que elas percam a importância diante dos gestos de amor que encontrei.

Talvez eu não tenha forças para realizar todos os meus ideais. Mas jamais irei me considerar um derrotado.

Talvez em algum instante eu sofra uma terrível queda. Mas não ficarei por muito tempo olhando para o chão.

Talvez um dia o sol deixe de brilhar. Mas então irei me banhar na chuva.

Talvez um dia eu sofra alguma injustiça. Mas jamais irei assumir o papel de vítima.

Talvez eu tenha que enfrentar alguns inimigos. Mas terei humildade para aceitar as mãos que se estenderão em minha direção.

Talvez numa dessas noites frias, eu derrame muitas lágrimas. Mas não terei vergonha por esse gesto.

Talvez eu seja enganado inúmeras vezes. Mas não deixarei de acreditar que em algum lugar alguém merece a minha confiança.

Talvez com o tempo eu perceba que cometi grandes erros. Mas não desistirei de continuar trilhando meu caminho.

Talvez com o decorrer dos anos eu perca grandes amizades. Mas irei aprender que aqueles que realmente são meus verdadeiros amigos nunca estarão perdidos.

Talvez algumas pessoas queiram o meu mal. Mas irei continuar plantando a semente da fraternidade por onde passar.

Talvez eu fique triste ao concluirque não consigo seguir o ritmo da música. Mas então, farei que a música siga o compasso dos meus passos.

Talvez eu nunca consiga enxergar um arco-íris. Mas aprenderei a desenhar um, nem que seja dentro do meu coração.

Talvez hoje eu me sinta fraco. Mas amanhã irei recomeçar,nem que seja de uma maneira diferente.

Talvez eu não aprenda todas as lições necessárias. Mas terei a consciência que os verdadeiros ensinamentos já estão gravados em minha alma.

Talvez eu me deprima por não ser capaz de saber a letra daquela música. Mas ficarei feliz com as outras capacidades que possuo.

Talvez eu não tenha motivos para grandes comemorações. Mas não deixarei de me alegrar com as pequenas conquistas.

Talvez a vontade de abandonar tudo torne-se a minha companheira. Mas ao invés de fugir, irei correr atrás do que almejo.

Talvez eu não seja exatamentequem gostaria de ser. Mas passarei a admirar quem sou. Porque no final saberei que, mesmo com incontáveis dúvidas, eu sou capaz de construir uma vida melhor. E se ainda não me convenci disso, é porque como diz aquele ditado: “ainda não chegou o fim”. Porque no final não haverá nenhum “talvez”e sim a certeza de que a minha vida valeu a pena e eu fiz o melhor que podia." (Aristóteles Onassis)