terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Só falta mugir...


Mugir: som emitido pela vaca. (para os desavisados)


Gente a vaca está de volta com orkut novo!!! É isso mesmo, a insegurança e a frustração estão de volta, e ela está de novo vigiando, e perdendo noites de sono rsrsrsrssr. E pasmem cometeu novo delito (sim, a bandidagem aflorou): está usando sobrenome falso!!


O que a falta de compostura é capaz de fazer com o ser humano né?


Bjos gente!!!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Eu mesma...


A sensação de calmaria não poderia ser melhor.
Que máximo. Demorei muito pra perceber que a dona do meu coração sou eu.

Sim, criei uma moça fria dentro de mim. E eu gosto disso.
Isso é ser egoísta? Ok. Eu aprendi a ser. Dá licença?!

Mas não foi fácil.

Antes de ser essa moça que sou, em mim doeu.

E doeu a ponto de me revoltar, largar mão dos planos românticos e rever conceitos.

Eu tive duzentas caras inchadas, trezentas perguntas intermináveis com o meu “eu”, quatrocentas rezas e muitos “papos” sérios com Deus.

Usei o “bloqueio” aprendi a usar o shift+Del . Excluí msg SMS e deletei o número no celular.

Sim sou masoquista e minha pior inimiga sou eu.

É coração já pro cantinho da disciplina. Ram!
Pra consolar milhões de chocolates, uma amiga pra ouvir os reclames sem opinar, um filme no sabadão do tipo “Ps: Eu te amo” e centenas de livros de “auto-ajuda”, ou seja, fiz coisas de mulheres nem um pouco inteligentes.

É mais passou. Eu perguntei pra Deus o que fazer e ele disse: Levanta filha!

Eu sei que demorou muito, uma vida, uns baldes de lágrimas e algumas rugas, tem nome e sobrenome.
Mas é certo: amor e dor agora só em musicas country, frases chulas e de preferência no copo com gelo.

Brindo tudo e nem faço careta. Não tenho tempo, nem paciência.
O tempo se encarregou de fazer sua parte. Eu esperei ele passar. Esperei mesmo, deitada contando cada segundo das 24hs.
Um dia eu lembrei, no outro fiz força pra lembrar, e teve um dia que eu disse: do que mesmo que tava sofrendo?

Aquela vida de lágrimas, sábados solitários e total fragilidade não me cabem mais.
Eu tenho cabelo preto, rímel , Blush Rosa, salto alto e vou dançar. Até os pés doerem, até eu suar. Até eu gargalhar. Até cansar e cair de sono.

E o mais legal disso tudo, é ver que as pessoas gostam de me ver “pra baixo” e basta um sorriso no meu rosto que pronto, lá vem o grupinhos sado-masoquistas me sondando.

E eu daqui vejo tudo isso, rezo e me pergunto : porque tanto interesse ao meu respeito?
De uma coisa eu tenho certeza: nunca competi a medalha de boa moça, nem espero a faixa de miss-comigoninguémpode.

Mesmo assim há quem esperou por minha recuperação: Madre Tereza achou bonito, meu pai me estende a mão. São Francisco de Assis, e todos os defensores da paz torcem por mim.

Eleanor Roosevelt, Bono. Mulheres que já sofreram por amor, Amy Awyhouse , minha avó e a minha terapeuta. Minha irmã, minha Cachorra e os “de sempre” vão continuar esperando o meu levantar.
O tempo passou graças ao meu Deus, e eu sempre levanto. Mesmo que isso demore. Eu levanto. Acredite.

E mesmo que isso desaponte algumas pessoas: Meu passado não me condena, meu passado me fortalece.
Do amor. Eu ainda espero muito. Sou exigente e não quero mudar, pelo menos não agora, ainda quero acreditar que vai valer a pena.

Porque tem gente que canta “quem ama bloqueia” e acha que amar é anulação.

Que amor é entrega e dor de cabeça.

Amor pra mim não é um campo de batalha.

Amor pra mim é exagero. Amor é fidelidade sim. Eu quero manter minha felicidade acima de qualquer pecuinha. Do amor eu não fujo. Mas eu quero minha tranqüilidade intacta.
Mesmo que pra isso eu tenha que continuar ocupada. Cuidando da minha vida.
Sendo muito feliz. Por mim e pra mim.
Entendeu?


(Autor Desconhecido)

Que seja doce ...


"Depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro."


"Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem. Estou te querendo muito bem neste minuto."


"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro.Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências.E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende?Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha,por limitação humana. Mas o que tinha, era seu."


"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce."

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Manual de instruções...


Não seja muito lento, e nem rápido demais, saiba achar exatamente o meio termo entre as duas velocidades.

Aprenda a mandar sem que eu perceba que estou recebendo ordens.

Não deixe que eu tome total controle das situações, costumo abusar desta minha condição, e a mesma faz com que a graça perca-se em pouco tempo.

Minha garganta dói nos primeiros minutos depois que acordo, meu cérebro passa a funcionar lentamente depois de um pouco de café, quanto às idéias, estas surgem organizadas depois do meio dia. Então por favor, não me force a tomar decisões pela manhã.

Goste de lavar a louça e saiba cozinhar massas.

Prefira vinho tinto no inverno, e me leve para comer pizza de vez em quando.

Goste de ficar na praia olhando as estrelas em noites de verão, goste de caminhar na praia em todas as estações do ano, e troque qualquer domingo sem grandes programações por uma tarde sentado na grama da Lagoa ao meu lado.

Sou independente, adoro dançar, adoro estar com as minhas amigas, e balada pra mim tem que ter banda no palco, de preferência aquelas bandas onde os músicos são meus amigos.

Não tenha vergonha de todas as palhaçadas e besteiras que falo e faço com as minhas amigas, entenda que somos felizes e que fazemos cada momento valer a pena.

Entenda que elas são muito importantes para mim.

Entenda também que meus amigos (homens) são seres assexuados aos meus olhos, e por mais que eu diga que eles são lindos, jamais teria qualquer envolvimento “homem – mulher” com eles. Goste de dançar, seja simpático com as minhas amigas, dê carona pra elas, e não ache chato se uma vez ou outra eu quiser que elas nos acompanhem em programas.

Dê conselhos a elas, mas jamais pense nelas como uma possível opção, caso a gente não dê certo juntos.
Ando de tênis, bermuda, detesto modismos.

Sou vaidosa, demoro para me arrumar, prefiro cabelo cacheado ao liso, mas não dispenso uma escova.

Sou dessas que usa esmalte claro, mas gosto de salto fino.

No verão acordo de madrugada para lavar os pés.

Seja apaixonado por música, cante, toque violão, aprenda as cifras das minhas músicas preferidas.

Tenha discos de vinil, cuide dos seus cds com muito carinho.

Entenda um pouco de cada estilo, leia muito, saiba as regras básicas gramaticais, tenha paciência para ler tudo que escrevo, mas se caso lhe faltar a paciência, saiba ao menos fingir.

Fique por dentro das novidades no mundo musical, saiba me ensinar sobre sons e notas, e ache graça das minhas perguntas imbecis entendendo que não é porque não sei que devo ter minha inteligência subestimada.

Faça-me rir muito, passe muitas horas do seu dia bem humorado, entenda que de vez em quando eu surto e me deixe brigar, e saiba brigar comigo.

Surpreenda-me, mande-me mensagens de madrugada, me rapte de madrugada.

Abrace-me forte e me faça esquecer o mundo enquanto estiver nos seus braços.

Acalme-me quando eu estiver nervosa, fale ao meu ouvido quando eu estiver calada, e estranhe se eu permanecer assim por muito tempo.

Compartilhe da minha insônia, e goste de dormir tarde e de passar horas na cama durante o dia.

Goste de sair sozinho de vez em quando, e volte para casa com a consciência tranqüila.

Deixe-me sozinha de vez em quando, mas saiba o tempo certo de me deixar assim, caso contrário quando você voltar posso não estar mais onde você me viu pela última vez.

Goste de viajar, de Cafés, de dias nublados, de cidades grandes. Planeje uma viagem à Europa comigo.

Entenda meu pavor por répteis, e minha paixão por cães.
Não tenha preconceitos com mulheres que gostam de uma dose cachaça mineira e jogam sinuca em qualquer bar.

Mostre-me que é mais forte do que eu para que eu me sinta protegida, mas não esconda de mim suas fraquezas e as compartilhe comigo.

Baixe a guarda de vez em quando e me peça colo mas não queira ser meu filho.

Se vista bem, mas muito longe de ser metrossexual.

Use camisa rosa, deixe o cabelo meio bagunçado e a barba por fazer, use um perfume que me faça notar sua ausência toda vez que eu senti-lo em minhas roupas.

Saiba me encaixar no seu peito nas noites frias, me deixe ouvir seu coração batendo.

Não se assuste com a minha naturalidade para falar de sexo, e não estranhe meu hábito de ter preguiça de vestir a roupa.

Não estranhe também se eu ficar descalça caso sinta dor nos pés, onde quer que eu esteja.

Seja gentil, me empreste sua blusa quando eu sentir frio, abra a porta do carro, segure minha mão de leve.
Saiba me fazer ceder, insista ao meu primeiro não, não me dê tempo para te dizer não.

Odeie mulherzinhas donas de casa, e ache normal que eu não saiba lidar muito bem com afazeres domésticos.

Faça-me massagem nas costas, nos ombros e nos pés. Beije meu pescoço.

Fique engraçado (muito) se você se passar só um pouco na bebida, mas não faça isso sempre. Não fume, me socorra se meu carro der problema.

Dirija só com um braço apoiado ao volante e me faça pensar que você dirige melhor do que eu e que ninguém é mais seguro que você.

Ria caso eu confunda direita com esquerda.

Ria quando eu pedir para procurar uma vaga maior, e estacione em lugares que eu jamais conseguiria.

Não seja mulherengo e se passar pela sua cabeça me trair, tenha tudo bem pensado para que eu nunca descubra. Odeie mentiras.

Me deixe louca, me faça falar besteiras, me ensine a te contar meus segredos, seja meu melhor amigo e meu melhor amante.

Conte-me piadas, ande pelado pela casa de vez em quando para eu achar que você não é um homem normal, e por favor, não seja normal por mais de 5 minutos.

Se conseguir fazer ao menos metade disso tudo, eu o agradecerei por me amar.


(Autor desconhecido)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Foi o meu inferno, foi o meu descanso...


Realmente as coisas mudaram.

No fundo no fundo, eu queria mesmo era voltar a gostar de você tão puramente como antes.
É, acho que um dia me apaixonei por você, embora sempre tivesse negado isso.

Só gente apaixonada se presta a papéis tão ridículos como ficar preocupada com um drama exagerado por um arranhãozinho no peito, se preocupa com um “to gripado”, com as seqüências de noites mal dormidas, se você estava usando protetor de ouvido, ou então, se preocupa se você estava saindo com o cabelo molhado.

Estranhamente, eu gostava disso.

Mas sabe, se me apaixonei por você naquela época era porque você era um cara apaixonante também.

Um cara que até conquistou algo a mais em uma mulher tão exigente.

Você mentia melhor, sabia enrolar de um jeito menos amador.

Você fazia por merecer meu carinho, e a incondicionalidade dele.

Sentimento que nunca te fez falta, e só agora vi isso.

Doeu, na mesma proporção que doeu cada palavra que nunca consegui esquecer quando pela primeira e única vez você foi sincero comigo.

Eu tinha um amigo imaginário que era perfeito dentro de todas as suas imperfeições. E você emprestou seu corpo a ele.

Obrigada, por um tempo ele me fez feliz. Mas os amigos imaginários duram o tempo em que nossa imaginação e nossas lembranças têm artifícios para mantê-los vivos.

Ou então, quando isso tudo é maior do que qualquer mágoa.

Eu mudei, você mudou.

Acho que a gente até tentou fazer uma boa despedida, mas sinceramente eu a joguei no lixo.


Prefiro lembrar da nossa tentativa de fazer as pazes, da sua tentativa (acho que a última delas) de encenar perfeitamente o quanto você gostava de mim, e do quanto eu era feliz com meu amigo virtual.

Na minha cabeça você era o meu melhor amigo, pelo qual eu não tinha só um tesão, mas também uma enorme admiração e que às vezes eu tinha vontade de pegar no colo e dizer o que deveria ou não fazer, que isso era ou não bom pra você, como se eu soubesse o que vai te fazer feliz.

Não sei por que resolvi escrever isso hoje.

Talvez porque eu tenha ficado realmente chateada com umas coisas que aconteceram ultimamente. . Talvez porque não tenha gostado nem um pouco de saber que no fundo você planejava me puxar o tapete quando eu estivesse bem acomodada nele. Sei lá.

Coisas que eu pensei e não podia deixar de dizer.

Coisas que têm me deixado "igual a todas as outras" que encheram o seu saco. E eu não queria ser igual.

Hoje não vim aqui pra resolver nada, nem pra levantar polêmicas ou discussões.

Só queria que você soubesse que se amanhã essa que um dia te quis tanto bem, não estiver aqui seja lá por que motivo for, eu gostei de você demais, de um jeito torto e que você nunca iria entender.

Precisava dizer isso.


(Fê)

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

25 anos...


Nos primeiros dias você ainda se atrapalha quando te perguntam sua idade.

Em casos mais acentuados de incredulidade, você consulta a sua RG.

Você começa a folhear as páginas das revistas prestando mais atenção nas propagandas e funcionalidades de anti sinais.

Protetor solar 50 para o rosto passa a ser item obrigatório no verão, e quando você percebe até no inverno ele está lá dentro.

Mesmo chegando cansada, você se preocupa em dedicar ao menos 5 minutos do seu tempo para retirar a maquiagem, antes que sua conhecida cara de urso panda comece a parecer maquiagem definitiva no dias seguintes.

Você começa a sentir que sua necessidade de dormir maior do que a de passar noites em baladas. As baladas começam a ser mais seletivas, e quando se está nelas, você curte cada minuto como se fosse o último, mesmo sabendo que seus pés sofrerão a conseqüência no dia seguinte.

Suas prioridades mudam. Dinheiro e carreira vão para o topo da lista.

Casamento e filhos vão para o último item. (mas aos trinta e poucos, dizem que invertem-se novamente).

Dinheiro e carreira fazem você pensar melhor em muitas das suas atitudes, e passam a ser o único alicerce dos seus sonhos.

Você fica racional, desencana de muitas coisas, se apaixona depois de seletivas análises, e sexo passa a ser assunto nas suas rodinhas de amigas.

Aliás, você aprende a falar de sexo como você fala de roupa, sem ser vulgar, claro.

Sexo começa a ser escolha. Você deixa de ser escolhida para escolher.

Você passa a reconhecer as pessoas pela forma de andar, e a partir de poucos contatos você já sabe o que pode esperar delas.

Você aprende que ser política pode ser a melhor opção, e que suas melhores amigas serão as amigas pro resto da sua vida, porque gostam de você do jeito que você é.

As lingeries que você gosta são as mais caras, e os perfumes também.

Mac Donald’s é trocado por um restaurante com comidas naturais, e refrigerante passa a não ter espaço na sua vida.


Você desiste de engordar e começa a se achar linda porque é uma das poucas que consegue manter o corpo magrinho chegando aos 25 e comendo todas as besteiras que encontra pela frente.

Você escolhe a vodka de acordo com a dor de cabeça que ela pode te causar. E você passa a ter bebidas preferidas para cada estação do ano.

Livros e filmes são mais interessantes do que conversas fúteis na internet.

E nos bate papos da internet, só as amigas e amigos de sempre, que você gosta de verdade.


Sua mãe finalmente começa a achar natural ver você tomando anticoncepcional, entende suas escolhas, mas ainda vai ter o candidato a genro preferido dela, e esse provavelmente não será aquele que você queria que fosse.

Você escolhe melhor as sandálias e os sapatos de salto. Não liga tanto para beleza, mas para o conforto.

Os tênis te interessam mais nas vitrines.Você começa a achar ridículas namoradinhas ciumentas e aprende a lidar com elas.

Ironias e sarcasmos começam a fazer parte da sua rotina para encarar melhor o dia. E você vai aprendendo que agir com bom humor é a melhor opção, sempre.


Homens precisam ser inteligentíssimos, gentis, acender incenso para te esperar na casa dele, precisam entender de vinho, de música, saber se vestir bem, usar penteados diferentes e modernos, ser simpático com as suas amigas sem dar em cima delas.

Precisam de preferência beijar sua mão, abrir a porta do carro e se estiver bêbado tem obrigação de serem engraçados. Precisa te dar atenção, não ser grudento, ligar de vez em quando, achar normal os micos que você paga com as suas amigas nas baladas, achar normal todas as besteiras que você fala, e saber administrar para que nunca sejamos incomodadas pelas outras mulheres que também fazem parte da sua vida.

Você diz todos os dias que não vê a hora de se formar, e quando se forma daria tudo para passar horas na praça de alimentação da faculdade com a suas amigas.

Você tem dias de cão, sofre mais intensamente, xinga mais intensamente, ama mais verdadeiramente, e entende que esta é a melhor fase da sua vida.


(Fê)

...

" Mas, pela primeira vez, fiquei triste por você.
Que outra mulher te veria além da sua casca?
Você não entende que eu baixei a música do "Midnight Cowboy" e umas boas do Talking Heads, Vinícius de Morais e do Smiths porque achei divertido te fazer uma massa ouvindo algumas músicas que dão vontade de viver.
Uma massa que você não vai comer porque está perdendo o paladar para o que a vida tem de verdadeiro e bom.
É tanta comida estragada, plastificada e sem sal, que você está perdendo o paladar para mulheres como eu.
E você não sabe como vale a pena gostar de alguém e acordar na casa dessa pessoa e tomar suco de manga lendo notícias malucas no jornal como o cara que acha que é vampiro.
Tudo sem vírgula mesmo e, nem por isso, desequilibrado ou antes da hora.
Você não sabe como isso é infinitamente melhor do que acordar com essa ressaca de coisas erradas e vazias. Ou sozinho e desesperado pra que alguma amiga gostosa reafirme que o seu dia valerá a pena. Ou com alguma garotinha boba que vai namorar sua casca.
A casca que você também odeia e usa justamente para testar as pessoas "quem gostar de mim não serve pra mim".
E eu tenho vontade de segurar seu rosto e ordenar que você seja esperto e jamais me perca e seja feliz. E entenda que temos tudo o que duas pessoas precisam para ser feliz.
A gente dá muitas risadas juntos.
Agente admira o outro desde o dedinho do pé até onde cada um chegou sozinho.
A gente acha que o mundo está maluco e sonha com a praia daquela ilha deserta e com sonos jamais despertados antes do meio-dia.
A gente tem certeza de que nenhum perfume do mundo é melhor do que a nuca do outro no final do dia.
A gente se reconheceu de longa data quando se viu pela primeira vez na vida.
E você me olha com essa carinha banal de "me espera só mais um pouquinho".
Querendo me congelar enquanto você confere pela centésima vez se não tem mesmo nenhuma mulher melhor do que eu. E sempre volta.
Volta porque pode até ter uma coxa mais grossa.
Pode até ter uma conta bancária mais recheada.
Pode até ter alguma descolada que te deixe instigado.
Mas não tem nenhuma melhor do que eu. Não tem.
Porque, quando você está com medo da vida, é na minha mania de rir de tudo que você encontra forças.
E, quando você está rindo de tudo, é na minha neurose que encontra um pouco de chão.
E, quando precisa se sentir especial e amado, é pra mim que você liga.
E, quando está longe de casa gosta de ouvir minha voz pra se sentir perto de você.
E, quando pensa em alguém em algum momento de solidão, seja para chorar ou para ter algum pensamento mais safado, é em mim que você pensa.
Eu sei de tudo.
E eu passei os últimos anos escrevendo sobre como você era especial e como eu te amava e isso e aquilo. Mas chega disso.
Caiu finalmente a minha ficha do quanto você é, tão e somente, um cara burro.
E do quanto você jamais vai encontrar uma mulher que nem eu nesses lugares que procura.
E do quanto a sua felicidade sem mim deve ser pouca pra você viver reafirmando o quanto é feliz sem mim e principalmente viver reafirmando isso pra mim.
Sabe o quê? Eu vou para a cama todo dia com 5 livros e uma saudade imensa de você.
Ao invés de estar por aí caçando qualquer mala na rua pra te esquecer ou para me esquecer.
Porque eu me banco sozinha e eu me banco com um coração.
E não me sinto fraca ou boba ou perdendo meu tempo por causa disso.
E eu não malho todo dia igual a essas suas amiguinhas de quem você tanto gosta, mas tenho algo que certamente você não encontra nelas: assunto. Bastante assunto.
Eu não faço desfile de moda todos os segundos do meu dia porque me acho bonita sem precisar de chapinha, salto alto e peito de pomba.
Eu tenho pena das mulheres que correm o tempo todo atrás de se tornarem a melhor fruta de uma feira. Pra depois serem apalpadas e terem seus bagaços cuspidos.
Eu também sou convidada para essas festinhas com gente "wanna be" que você adora.
Mas eu já sou alguém e não preciso mais querer ser. E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado."
(Tati Bernardi)

Eu adoro Voar...


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.

Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.

Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.

Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.(muitos)

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.

Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.

Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.

Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.

Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...

Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".

Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.

Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.

Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...

Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração.

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE.

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: - E daí? Eu adoro voar...


(Clarice Lispector)

domingo, 7 de dezembro de 2008

I don't care


Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu.

Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada.

Eu espero chegar as nove da noite pra tomar meu Rivotril. E desaparecer.

Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês mas o tempo todo penso “I don’t care”. Caguei. Foda-se.

Eu espero chegar as nove da noite pra tomar meu Rivotril e desaparecer. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito.

Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim.

Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito.

Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Algo entre uma santa e uma pilantra. Desde que no controle e irritada.

Agora, não quero mais nada. De verdade...

Ah, o roteiro não ficou bom? Então não me pague.

Não vejo as mulheres mais bonitas em volta e corro pra malhar. Não quero malhar.

Não vejo o que é feio e o que é bonito. É tudo a mesma merda.

Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maça. Não ligo pra dor.

Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino.

Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais.

Eu só espero chegar as nove da noite pra tomar meu Rivotril e desaparecer.

Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito.

Eu quero, de verdade, do fundo do meu coração, que chegue logo as nove da noite.

Hora do Rivotril. O remédio que me chapa. Eu quero chapar. Eu quero não sentir.

Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica.

Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça.

E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Mas tudo meio que por osmose.

Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer.

Quero não sentir mais porra nenhuma.

Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade.

O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir e cagar pra ele.

Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. O trator da felicidade.

Atropelei o mundo e eu mesma. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida.

Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos.

Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e...quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela.

Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo.

Eu só espero chegar as nove da noite pra tomar meu Rivotril e desaparecer.

Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância.

Quase um alivio. I don’t care.


(Tati Bernardi)

sábado, 6 de dezembro de 2008

Passarinha!!! rs

Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

(Mario Quintana)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A intenção era magoá-lo!




A intenção era magoá-lo. E nem ousarei pedir desculpas porque, além de não querer, elas soariam ridículas e mais ofensivas do que minhas ações supostamente infantis.
Você mereceu. Essa é a verdade. Existe um momento em que tudo de agradável que fizemos um ao outro desaparece, e em seu lugar surge um ressentimento aniquilador que traga o passado distante e só mantém vivas as cenas finais. Aquelas cenas finais.


Tudo já passou, é certo. Mas assim como uma farta refeição mexicana, demorará a ser digerido. Enquanto o processo se completa, sua imagem invadirá minha mente como o gosto azedo de guacamole subindo pela garganta. Indigesto.


Seria lindo dizer 'Espero que você seja feliz', mas não sei se é isso que espero ou se é seu arrependimento seguido do seu rastejar: nunca omiti que o altruísmo não era uma das minhas qualidades.


Ao contrário de você, confesso meu erro em prometer sinceridade constante e não cumprir. Escondi minha raiva pelas suas derrapadas, falta de argumentos, omissões antes eventuais e então perenes. Não disse o que me aborrecia com medo de desandar as coisas entre nós, sem notar que já não existia 'entre nós', só entre mim e alguém que se esqueceu de apagar a luz ao sair para deixar evidente o abandono do recinto.


Antes que me esqueça: a maior vitória disso tudo não foi triturá-lo. Foi descobrir que não me basta viver ao lado de alguém emocionalmente surdo e cego, nutrindo-me de expectativas malogradas. Como li em algum lugar: 'Eu não chorei por você. Chorei por uma idéia que fracassava. Por uma idéia que, num minuto, parecia ter futuro'.


Mas odeio persistir nos meus erros. Se te neguei a realização de uma promessa, agora a faço valer: me esqueci de entregar este bilhete a você no último dia em que nos vimos, mas não poderia deixar de entregá-lo para sempre.


Uma das sensações mais prazerosas da existência é ver chorando alguém que nos fez sofrer.
Quanto maior foi o amor, tanto maior será a alegria mórbida de observar o outro a debater-se com sua tristeza, como um peixe pendurado pelo rabo para fora do aquário - e bem pertinho da água.


Parei de ignorar ou fingir que meu sadismo não existe: todos somos maus quando temos oportunidade (e quanto menos temerosa do pecado for nossa formação).


Não é porque um espasmo de satisfação percorre o meu corpo perante as suas lágrimas que me torno desprezível - ele ocorre tão naturalmente quanto um largo sorriso quando observo a vitória de quem amo.
Minha mão, sempre pronta pra ajudar, foi rejeitada como um pedaço de pão velho. Agora, dá tapinhas nas suas costas. E bate palmas perante o espetáculo, tão confrangedor quanto divertido.


Certamente você não é tão ruim. É só alguém que pisou na bola, como acontece com todos nós - mas nenhum dos 'todos nós' dividia a vida comigo. Não importa se tenho razão ou se meus motivos são fortes o suficiente pra dizer o que digo. Aprendi algo importante desde que nos separamos: fome e dor não se medem - cada um tem o seu limite. Passei muito tempo com o meu à beira do insuportável (por burrice minha, óbvio).


Se te desprezo tanto assim, por que perdi tempo escrevendo esta carta? Porque sei que ela conseguirá algo que eu já não conseguia: surtir algum efeito em você."
E lance o primeiro comentário moralista quem nunca (na falta de coragem de fazer) sentiu vontade de dizer algo parecido.




(Ailin Aleixo)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Para quem me odeia...



Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro.

É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.

Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.

Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado.

Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.

Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.

Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.

E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.

Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.

Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco. Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando. Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.


Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor. E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas: Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo. Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.

Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.

Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.


(Fernanda Young)


Super pertinente!!

domingo, 23 de novembro de 2008

Vai...


Quer ir? Vai. Eu não vou segurar. Uma coisa que não dá certo é segurar uma pessoa contra a vontade, apelar pro lado emocional. De um jeito ou de outro isso vira contra a gente mais tarde: não fui porque você não deixou, ou: não fui porque você chorou.

Sabe, existem umas harmonias em que é bom a gente não mexer. Estraga a música. Tem a hora dos violinos e tem a hora dos tambores. Eu compreendo, compreendo perfeitamente. Olha, e até admito: você muda pra melhor. Era de brincadeira, acho mesmo.

Eu sei das minhas limitações, pensei nisso quando tava tentando te entender. É, é um defeito meu, considerar as pessoas em primeiro lugar. Concordo. Mas não tem jeito, eu sou assim. Paciência. Sabe por que eu digo que você muda pra melhor? Ele faz tanta coisa melhor do que eu! Verdade.

Tanta coisa que eu não aprendi por falta de tempo, de oportunidade – ora, pra que ficar me justificando? Não aprendi por falta de jeito, de talento, essa é que é a verdade. Eu sei ver as qualidades de uma pessoa, mesmo quando é um homem que vai roubar minha namorada.

Roubar não: ganhar. Compara. Ele dança muito bem, até chama a atenção. Campeão de natação, anda de bicicleta como um acrobata de circo, é bom de moto, sabe atirar, é fera no volante, caça e acha, monta a cavalo, mete o braço, pesca, veleja, mergulha... Não tem companhia melhor.

Eu danço mal, você sabe. Não consegui ultrapassar aquela fronteira larga entre a timidez e a ousadia, entre a discrição e o exibicionismo, que separa o mau e o bom bailarino. Nunca fui além daquela fase em que uma amiga compadecida precisava sussurrar no meu ouvido: dois pra lá, dois pra cá.

Atravessar uma piscina eu atravesso, uma vez, duas talvez, mas três? Menino de cidade, e modesto, não tive córrego nem piscina. É com olhos invejosos que eu o vejo na água, afiado como se tivesse escamas. Moto? Meu Deus, quem sou eu. Pra ser bom nisso é preciso ter aquele ar de quem vai passar roncando na frente ou por cima de todo mundo – e esse ar ele tem.

Montar? É preciso ter essa certeza, que ele tem, de que cavalo foi feito pra ser domado, arreado,freado, ferrado e montado. Eu não tenho. Não ta em mim. Eu ia montar como se pedisse desculpas ao cavalo pelo incômodo, e isso não dá, não pode dar um bom cavaleiro. O jeito como ele dirige um carro é humilhante. Já viajei como ele, encolhido e maravilhado. Você conhece o jeitão, essa coisa da velocidade.

Não vou ter nunca aquela noção de tempo, a decisão, o domínio que ele tem. Cada um na sua. Eu troquei a volúpia de chegar rapidinho pelo prazer de estar a caminho. No amor também.

Caçar... Dar um tiro num bicho.... Ele tem isso, a certeza de que o homem é o senhor do universo, tudo ta aí pra ele. Quem me dera. Quando penso naquela pelota quente de aço entrando no corpo do bicho, rasgando carne, quebrando ossos... Não tenho coragem. Aí é que eu tou perdido mesmo, no capítulo da coragem.

Ele faz e acontece, já vi. Mas eu? Quantas vezes já levei desaforo pra casa. Levei e levo. Se um cachorro late pra mim na rua, vou lá e mordo ele? Eu não. Mudo de calçada. Outra coisa: ele é mais engraçado do que eu. Fala mais alto, ri mais à vontade, às vezes chama até um pouco a atenção mas... é da idade. Lembra aquela vez que ele levou um urubu e soltou na igreja no casamento do Carlinhos? E aquela vez que ele sujou de cocô de cachorro as maçanetas dos carros estacionados na porta da boate? Lembra que sucesso? Os jornais falaram por dias naquilo. Não consigo ser engraçado assim. Não ta em mim. Por isso que eu não tenho mágoa. Ele é muito mais divertido. E mais bonito também.Vai.

Olha, não quero dizer que o que eu vou falar agora tenha importância pra você, que possa ter influído na sua decisão, mas ele tem mais dinheiro também, você sabe. Ele tem até, sabe? Aquele ar corajoso dos ricos, aquela confiança de entrar nos lugares. Eu não. Muito cristal me intimida.

Os meus lugares são uns escondidos onde o garçom é amigo, o dono me confessa segredos, o cozinheiro acena lá do quadradinho e me reserva o melhor naco. É mais caloroso, mas não compensa o brilho, de jeito nenhum. Ele é moderno, decidido. Num restaurante não te oferece primeiro a cadeira, não observa se você ta servida, não oferece mais vinho. Combina, não é? Com um tipo de feminismo. A mulher que se sente, peça o que quiser, sirva-se, chame o garçom quando precisar. Também não procura saber se você ta satisfeita. Eu sei que é assim que se usa agora. Até no amor. Já eu sou meio antigo, ultrapassado: gosto de umas cortesias. Também não vou dizer que ele é o melhor do que eu em tudo. Isso não.

Eu sei por exemplo uns poemas de cor. Li alguns livros, sei fazer papagaio de papel, posso cozinhar uns dois ou três pratos com categoria, tenho certa paciência pra ouvir, sei uma ótima massagem pra dor nas costas, mastigo de boca fechada, levo jeito com crianças, conheço umas orquídeas, tenho facilidade para descobrir onde colocar umas carícias, minhas camisas são lindas, sei umas coisas de cinema, não bato em mulher. E não sou rancoroso. Leva a chave para o caso de querer voltar.

(Ivan Ângelo )

Decisão...

Hoje organizei meus sonhos em seqüência e prioridades.
Descartei amores duvidosos, amores feitos de promessas camuflados sob o manto do amanhã que nunca acontece por medo, covardia, comodismo, insegurança ou... sei lá.
Não quero mais enigmas que devoram minhas expectativas nem a face enrugada da tristeza refletida no meu espelho.
Quero recriar a canção da minha vida em notas de alegria e resgatar o projeto original da menina que era feliz e sabia.
Hoje eu disse adeus às promessas construídas em séries e abandonei as utopias feitas em cerâmica que trincaram.
Não mais emprestarei minha alma a moldes disformes nem usarei as lágrimas para umedecer o barro sem arte.
Não quero o martírio de um paraíso do outro lado do muro nem o mapa para que eu siga pistas de potencial vitória.
Quero a felicidade beijando minha boca com sofreguidão e o amor presente fazendo bagunça no meu coração.

(Lady Foppa )


Oração pra mim mesma...


QUE EU ME PERMITA OLHAR, ESCUTAR E SONHAR MAIS...

FALAR MENOS. CHORAR MENOS.

VER NOS OLHOS DE QUEM ME VÊ A ADMIRAÇÃO QUE ELES ME TÊM E NÃO A INVEJA QUE PENSO QUE TÊM.

PERMITIR SEMPRE ESCUTAR AQUILO QUE EU NÃO TENHO ME PERMITIDO ESCUTAR. QUE EU POSSA VIVER OS SONHOS POSSÍVEIS E OS IMPOSSÍVEIS;

AQUELES QUE MORREM E RESSUSCITAM: A CADA NOVO FRUTO, A CADA NOVA FLOR, A CADA NOVO DIA.

QUE EU SAIBA REPRODUZIR NA ALMA A IMAGEM QUE ENTRA PELOS MEUS OLHOS FAZENDO-ME PARTE SUPREMA DA NATUREZA, CRIANDO-ME E RECRIANDO-ME A CADA INSTANTE.

QUE EU POSSA CHORAR MENOS DE TRISTEZA E MAIS DE CONTENTAMENTOS.

QUE MEU CHORO NÃO SEJA EM VÃO, QUE EM VÃO NÃO SEJAM MINHAS DÚVIDAS.

QUE EU NÃO TENHA MEDO DE NADA, PRINCIPALMENTE DOS MEUS MEDOS.

QUE EU ADORMEÇA TODA VEZ QUE FOR DERRAMAR LÁGRIMAS INÚTEIS E DESPERTE COM O CORAÇÃO CHEIO DE ESPERANÇAS.

QUE EU POSSA AMAR E SER AMADO.

QUE EU POSSA AMAR MESMO SEM SER AMADO,

FAZER GENTILEZAS QUANDO RECEBO CARINHOS;

FAZER CARINHOS MESMO QUANDO NÃO RECEBO GENTILEZAS.

E... QUE EU JAMAIS FIQUE SÓ, MESMO QUANDO EU ME QUEIRA SÓ. AMÉM.

(Oswaldo Antônio Begiato)

domingo, 9 de novembro de 2008

Ai meu Deus será que eu mereço?

Eu olho pra sua tatuagem e pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo.

Me encho de esperança e nada. Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo.

Mania de ser bom moço, coisa chata.

Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças.

E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô.

Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder.

E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom.

E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta.

E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo.

E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca.

Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz.

Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz.

E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável.

E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer.

Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz.

Veja se pode. E aí passa a maior gostosa na rua e ele lá, idolatrando meu nariz.

E aí o celular dele toca e ele, putz, perdeu a ligação porque demorou trinta mil horas pra desvencilhar os dedos do meu cabelo.

Com tanto potencial pra me dar uns tapas, o moço adora me fazer carinho com a ponta dos dedos. Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho.

Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje?

Agora neguinho me trata mal e eu não deixo.

Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar.

Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode.

Trinta anos servindo de capacho, feliz da vida, e aí chega um desavisado com a coxa mais incrível do país e muda tudo.

Até assoviando eu tô agora. Que desgraça.

Ontem quase, quase, quase ele me tratou mal. Foi por muito pouco.

Eu senti que a coisa tava vindo. Cruzei os dedos. Cheguei a implorar ao acaso.

Vai, meu filho. Só um pouquinho. Me xinga, vai. Me dá uma apertada mais forte no braço.

Fala de outra mulher.

Atende algum amigo retardado bem na hora que eu tava falando dos meus medos.

Manda eu calar a boca. Sei lá.

Faz alguma coisa homem!

E era piada. Era piadinha. Ele fez que tava bravo. E acabou.

Já veio com o papo chato de que me ama e começou a melação de novo.

Eita homem pra me beijar. Coisa chata.

Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá.

Onde já se viu andar com um homem desses.

O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro.

Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos.

Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada.

Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex.

Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou.

A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar?

Existe terapia pra tentar ser infeliz?

Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho.


(Tatiane Bernardi)

E um dia esquece...

“E então há um lugar para onde vão os sonhos que a gente desacredita,
onde moram os anéis que perdemos, os brincos descasados,
o pé de meia preferido, o batom engolido pela bolsa.
Há um lugar, um sumidouro, para onde são tragados os sorrisos que não voltam,
o cheiro do cabelo, um colarinho manchado, o perfume na manga do vestido,
teu nome no bilhete, um gosto de vinho grudado na língua.
Ficam lá, suspensos numa órbita improvável e inacessível, ao som de três ou quatro frases para sempre repetidas que a gente procura esquecer.
E um dia esquece.”
(Ticcia)

domingo, 2 de novembro de 2008

Descobri que sou uma idiota!


Hoje reparei um pouco mais na pessoa refletida no espelho.

Fiz uma séria constatação. Eu sou idiota! Isso mesmo, idiota.

Mas não pense que tenho vergonha disso. Nos dias de hoje, ser idiota é privilégio.

Os idiotas de hoje são aqueles que conseguem sorrir mesmo quando a dor aperta.

São aqueles que ainda dizem Eu Te Amo olhando nos olhos, que valorizam abraços e gostam de andar de mãos dadas.

Idiotas são aqueles que crêem num sentimento sincero, que ainda esperam um amor perfeito, que escrevem e lêem poesias e que mandam flores.

Idiotas são românticos, no sentido mais meloso da palavra, mas não se envergonham disso.

São aqueles que se permitem chorar quando a dor machuca, quando o amor se vai ou o filme emociona.

Cantam músicas de amor como se fossem hinos, mesmo porque, para seus corações realmente são.

Idiotas são sentimentais. Se magoam com a menor das brigas e lutam pela reconciliação.

São aqueles que não ligam para o que os outros dizem, eles se dão por completo.

Idiota é aquele que pede desculpas mesmo sem ter errado, que pede licença, que dá bom dia, boa tarde, boa noite. Que pergunta "como vai?", "precisa de alguma coisa?", "ta tudo bem?".

É aquele que não esquece nem do amigo que não dá noticias, aquele que lembra da infância e comemora o quanto foi bom.

Idiota é aquele que ri de si próprio, que brinca de descobrir desenho em nuvem, que anda descalço e toma banho de chuva.

Que chora por briga de amor, e que a cada briga acha que o mundo acabou, mas que logo perdoa.

Idiota é aquele que, mesmo nesse mundo corrompido, insiste em ser sincero.

Que estende a mão pra ajudar quem for, que faz o bem sem olhar a quem.

Idiotas se preocupam, se arrumam e se enfeitam para ver a pessoa amada.

Querem estar sempre belos, nem que seja só pra se olhar no espelho.


Idiotas se divertem.

Idiotas tem amigos.

Idiotas amam.

Idiotas são felizes...


Depois disso tudo, eu te pergunto: Vale ou não a pena ser idiota? Garanto que vale...


(autor desconhecido)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sorrindo...




Ontem um sonho acabou
Mas a vida continua e eu vou estar sorrindo
E isso não quer dizer que eu não possa mais sonhar
Preciso ser mais eu, continuar sorrindo
Sou mais forte
Vou viver bem melhor
Ontem um sonho acabou
Mas a vida continua e eu vou estar sorrindo
E isso não quer dizer que eu não possa mais sonhar
Preciso ser mais eu, continuar sorrindo
O veneno que jogaram na minha alegria
Virou o soro contra toda tristeza
Ganho mais um dia em minha vida
Agradeço e vou atrás sorrindo
Sou mais forte
Vou viver bem melhor
Ontem um sonho acabou
Mas a vida continua e eu vou estar sorrindo
E isso não quer dizer que eu não possa mais sonhar
Preciso ser mais eu, continuar sorrindo
Sorrindo...




(Aliados13)

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Oração de São Jorge

Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos,
tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça,
Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo.
São Jorge Rogai por Nós.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Caráter vem de berço!


Ontem, e só ontem eu compreendi que caráter é uma coisa que exala, nota-se de cara numa pessoa. E nem adianta tentar se enganar pensando que está julgando a pessoa precipitadamente. Caráter é uma coisa que vem de berço: você tem ou você não tem. E o pior de tudo é saber que nada mudou, que a pessoa sempre foi ruim de índole e que eu é que fechei os olhos diversas vezes. Respeito é uma coisa que qualquer um merece independentemente de gostar ou não.


Apesar de tudo isso, eu sei que não fui eu quem perdeu mais. Pois pior do que perder o sentimento de uma pessoa, é perder a admiração dessa pessoa como ser humano, como uma pessoa de valores morais e éticos bastante sólidos. E ontem eu deixei de admirar uma pessoa, não como homem e mulher, mas como uma pessoa de valor. Hoje o que resta dela não me é nem um pouco atraente. Muito pelo contrário, é repulsivo.


Não há nada pior do que saber que outra pessoa não te considera uma pessoa de caráter.


Sentimentos sempre passam, mas se a pessoa tem algo de bom, isso sempre fica guardado. E desse indivíduo não restou nada pra guardar, nem sentimento e nem admiração.


"Foi um rio que passou em minha vida e meu coração se deixou levar..."


Ainda bem que esse rio passou e não deixou rastros, e é bom que seja assim.
É isso, é simples e foi feito pra ser simples...

sábado, 25 de outubro de 2008

A gente aprende...


"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se você ficar exposto por muito tempo.

E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá- la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para construir confiança e segundos para destruí-la, e você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da sua vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com que você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que a vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influencia sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é umas das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e com o que você aprendeu com elas do que com os aniversários que você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva, você tem o direito de ficar com raiva, mas isso não lhe dará o direito de ser cruel.

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isto.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que se julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!

Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar."


William Shakespeare

Vida!!


Já perdoei erros quase imperdoáveis,

tentei substituir pessoas insubstituíveis

e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,

já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei em me decepcionar,

mas também decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,

já dei risada quando não podia,

fiz amigos eternos, amei e fui amado,

mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,

já vivi de amor e fiz juras eternas,“quebrei a cara muitas vezes”!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,

já liguei só para escutar uma voz,

me apaixonei por um sorriso,

já pensei que fosse morrer de tanta saudade

e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi, e ainda vivo!

Não passo pela vida… E você também não deveria passar!

Viva! Bom mesmo é ir à luta com determinação,

abraçar a vida com paixão,

perder com classe e vencer com ousadia,

porque o mundo pertence a quem se atreve

e a vida é “muito” pra ser insignificante.

Charles Chaplin