segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A arte da canalhice!

Me desculpe o publico masculino se eu generalizar, mas os que se salvam estão pagando caro por toda a canalhice aguda, sacanagem medíocre, lábia congênita que se instalou na cara de inúmeros babacas que estão tentando tatear o mundo com essa arte.
Pois bem, se eu não fosse tão bem definida como HETEROSEXUAL diria que tomei abuso de homem, dessa laia disfarçada de gente que engana, machuca, usa e abusa como se as mulheres fossem feitas de pano, capazes de serem costuradas a qualquer momento.Vou suavizar.
É verdade, as mulheres também andam assim, perderam um pouco de sua sensibilidade para se adequarem a esse universo de banalidade, vazio, detentor de uma falta de respeito sem tamanho.
Mas a culpa meu bem, não é somente dos valores culturais que mudaram, do espaço conquistado por nós que vão muito além do mercado de trabalho.
A culpa está bem delineada nas relações que estão sendo criadas, num mundo onde não se valorizam mais sentimentos, onde as conquistas tornaram-se jogos, e o espaço construtivo da relação foi pra de baixo do pano, acabou, já era.
Os caras beiram os trinta, passam dele e ainda gingam na malandragem ardente de querer muitas.
Fala sério, já ouvi muita gente abrir a boca bem contente e dizer, que se pode ser feliz sozinho. Concordo, podemos ser felizes sozinhos, sem essa ajuda desgastante que acelera o coração e faz a gente acreditar que encontrou.
Que faz muitos de nós irmos atrás, correr, lutar , demonstrar e ser levado depois ao desprezo.
E ficar com toda cisma do “o que foi que eu fiz?”.
Se é pra ser feliz sozinho, com todas as conquistas pessoais, que seja, mas não procure alguém para suprir momentaneamente suas carências e depois pular fora.
Cinismo, o papinho é sempre o mesmo, às vezes até mais enfeitado, mas a gente aprende. Aprende a entrar nesse fantoche onde quem leva mais é quem faz menos, onde as desculpas esfarrapadas são sempre as mesmas.
“Compre a sua cerveja” e por favor, não volte mais.
Compre o que quiser, mas só fará comigo uma única vez, porque já deixei passar da terceira e nunca deu certo, não será agora que vai dar.
Cansei de desse jogo imbecil de vai e vem, de tentar, de me esforçar a acreditar que pode ser diferente, é sempre assim no inicio, um papo bacana que faz balançar e ser convidativa.
A rotatividade da vida permite mudanças, um dia você vai precisar ser gente de novo, e quem sabe será muito tarde pra perceber que a babaca de ontem, é uma pessoa feliz, com uma família bem constituída e um amor sólido, por ela mesma e por tudo aquilo que conseguiu na vida.
Quanto a você, descanse no vazio, na solidão conturbada dos seus dias que permitem que você encha a cara, pegue cinco e volte pra casa do mesmo jeito; vadio, pequeno e insatisfeito com tudo que te cerca, porque amor, amor de verdade, você nunca saberá enquanto postergar uma vida a dois, com respeito, companheirismo e gratidão.
O resto você consegue fácil, vem com tudo aquilo que compõe o lado esquerdo do peito.
Emoções e os outros requisitos básicos do ser feliz a dois. Ser duro na queda é uma resistência desnecessária quando sentimos o coração sair pela boca.
(Luana Ferraz )

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Anyone Else But You


You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
We both have shiny happy fits of rage
I want more fans, you want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from
side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you
Du du du du du du dudu
Du du du du du du dudu
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you...

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Poema lido por Maria Bethânia no show Maricotinha

"Eu sei que atrás desse universo de aparências, das diferenças todas, a esperança é preservada. Nas xícaras sujas de ontem o café de cada manhã é servido. Mas existe uma palavra que não suporto ouvir e dela não me conformo. Eu acredito em tudo, mas quero você agora!
Eu te amo pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas, minha vida.
Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas.
Amo o teu jogo triste e as tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo.
Eu amo a tua alegria mesmo fora de si, te amo pela tua essência e te amo até pelo que você podia ter sido, se a maré das circunstâncias não tivesse te rebanhado nas águas do equívoco.
Te amo nas horas infernais e na vida sem tempo...
Te amo pelas crianças e futuras rugas.
Te amo pelas tuas ilusões perdidas e teus sonhos inúteis...
Amo teu sistema de vida e morte, te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras e te amo desde os teus pés até o que te escapa.
Te amo de alma para alma e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defendo quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis, quando o próprio amor vacila."
(Autor Desconhecido)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sem menina dentro de mim!

"Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me em dois para a frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo. Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias. E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica. Sem menina dentro de mim."
(Clarice Lispector)

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Pertinente

Meu coração se desfaz num grito, se pudesse lhe beijava por escrito...

E isso é tudo!

Por Arnaldo Jabor


"Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim.

Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:

'Ah, terminei o namoro. . . / casamento".

''Nossa, de quanto tempo?''

"Cinco anos. . .Mas não deu certo. . . acabou"

"É não deu. . . "


Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.

E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Hoje não acredito muito nos 'opostos se atraem'.

Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais.

E sempre esta é a parte mais insatisfeita.

Acredito mais em quem tem interesses em comum.

Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se você gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste.

Freqüentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.

A extrovertida e o caretão anti-social é complicado e depois, entra naquela questão de 'um querer mudar o outro, ui. . . '.

Pessoas mudam quando querem. E porque querem. E pronto. E demora!

Cama é essencial! Aliás, pele é fundamental.

E tem gente que é mais sexual, outras que são mais tranqüilas.

O garanhão insaciável e a donzela sensível eu acho meio estranho.

Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo.

Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual.

Cheiro, fantasias, beijo, manias, quanto mais sintonia, melhor.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.

Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.

Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ele é malhado, mas não é sensível.

Às vezes ele é boa companhia, mas não é tolerante.

Tudo nós não temos.

Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

Pele é um bicho traiçoeiro.

Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia.

E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. . .

Acho que o beijo é importante. . . e se o beijo bate. . . se joga. . . se não bate. . . mais um Martini, por favor. . . e vá dar uma volta.

Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer.

Não lute, não ligue, não dê pití.

Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.

Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto.

Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.

Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, filho, doença, dinheiro, pressão de família?

O legal é alguém que está com você e por você. E vice versa.

Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós.

Morremos sozinhos. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.

E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.

Tem gente que pula de um romance para o outro.

Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói.

Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.

Você namora outro ser, de outro mundo e outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer. . .

A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.

Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.

Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.

Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar.

Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear.

Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.

Enfim. . . quem disse que ser adulto é fácil?"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

NADA


Então foi assim: quando me lembrei, havia esquecido de você.

Percebi que o tudo havia se tornado nada, um nada enorme, talvez o maior nada que eu tenha sentido em toda minha vida.

Percebi a sua ausência de mim quando as músicas se tornaram muito mais felizes, quando, por diversas vezes, tentei escrever pensando em você e tudo o que eu conseguia fazer era “deixar pra depois” e esquecer.

E acordar feliz porque sequer me lembrava do antes.
Me pergunto em que momento você deixou de existir.

Se foi enquanto eu tomava banho, ou naquele dia em que me deliciei com o frapuccino de uma famosa casa de cafés, se foi enquanto eu esperava o trem para fazer compras naquela loja de grife, se foi no verão, no outono ou no inverno ou enquanto fazia amor com alguém que não era você, obviamente. E não encontro respostas.
O fim do labirinto, o nó desfeito, o "gran finale" da novela, o CD que de tanto tocar, arranhou. Ou quem sabe, simplesmente, o fim.

Enfim. E por mais que eu tente lembrar de você para fazer aquela poesia dolorida, não consigo, parece um parto de fórceps.

Antes era dor, mas era belo. Os poetas fazem bela a dor. Ela é literária.
Ou será que você sempre foi o nada, o vazio, o zero, mas eu, debilmente, tentava preencher o vácuo com sentimentos?

Me frustra saber que eu não terei uma grande história inacabada, um amor mal resolvido, o drama Shakeasperiano, um fantasma me assombrando.

E eu, tento, ainda refém de algum romantismo barato, encontrar algum significado em você, mas não consigo.

Tudo o que restou foram espasmos de lembrança, essa saudade morta e minha cabeça cheia de invenções com nossa história.


Às vezes...


"Às vezes eu amo... E construo castelos.

Às vezes eu amo tanto, que tiro férias."

(Cazuza)


EU já achei que esperar pelo amor fosse uma atitude covarde e tal, mas devido a última experiência que tive e tudo o mais, descobri que não adianta correr atrás mesmo.

Ele acontece, ou não.

E eu não vou ficar gastando as minhas energias atrás de uma força da natureza caprichosa como o Amor...

Vou vivendo a minha vida e tenho um montão de coisas pra fazer.

Trabalho pra levar adiante, amigos para visitar, livros para ler, viagens e projetos adiados me esperando, e no meio tempo, outros corpos que não seja o meu para conhecer.

Outras bocas pra beijar.

SE o amor me achar vai ser ótimo, se isso não acontecer, a idéia é que eu nem perceba, que eu simplesmente esteja tão envolvida na minha própria vida que eu simplesmente não perceba a ausência desse superestimado sentimento...


...

"Maybe mistakes are what make our fate...
Without them what would shape our lives?
Maybe if we had never veered off course we wouldn't fall in love,
have babies, or be who we are.
After all, things change, so do cities, people come into your life and they go.
But it's comforting to know that the ones you love are always in your heart..."
(Carrie Bradshaw)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os votos


Pois desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado.
E que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo não guarde mágoa.
Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos e que mesmo maus e inconseqüentes sejam corajosos e fiéis.
E que em pelo menos um deles você possa confiar e que confiando não duvide de sua confiança.
E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos, mas na medida exata para que algumas vezes você se interpele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo para que você não se sinta demasiadamente seguro.
Desejo depois que você seja útil, não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil.
E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante, não com que os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente.
E que essa tolerância nem se transforme em aplauso nem em permissividade, para que assim fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você sendo jovem não amadureça depressa demais, e que sendo maduro não insista em rejuvenescer, e que sendo velho não se dedique a desesperar.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.
Desejo por sinal que você seja triste, não o ano todo, nem um mês e muito menos uma semana, mas um dia.
Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, talvez agora mesmo, mas se for impossível amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes.
E que estão à sua volta, porque seu pai aceitou conviver com eles.
E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão e ouça pelo menos um João-de-barro erguer triunfante seu canto matinal.
Porque assim você se sentirá bom por nada.
Desejo também que você plante uma semente por mais ridículo que seja e acompanhe seu crescimento dia a dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro porque é preciso ser prático.

E que pelo menos uma vez por ano você ponha uma porção dele na sua frente e diga: Isto é meu.
Só para que fique claro quem é o dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal, não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal.
Mas que essa frugalidade não impeça você de abusar quando o abuso se impuser.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra, por ele e por você.

Mas que se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.
Desejo por fim que, sendo mulher, você tenha um bom homem e que sendo homem tenha uma boa mulher.
E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez e novamente de agora até o próximo ano acabar.
E que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor pra recomeçar.
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar


(Sergio Jockymann)