sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mania de coisas infinitas...

Abaixei o som e deixei os Beatles tocando em um volume quase imperceptível, já fazia aproximadamente três meses que não os escutava mesmo gostando tanto. Em suspiros, debrucei-me sobre a varanda com meu copo de café, velho acompanhante nas horas do vazio, e comecei a torturar minha mente pensando em você. Faz tanto tempo não é? Tomei um longo gole. Tanto tempo que quase não me lembro do porque da gente se separar. Respirei profundamente.

­ Em um momento de descuido, me peguei olhando pras estrelas e dei um sorriso. Só não me separei ainda da mania que adquiri desde que a gente se conheceu. Mania de infinito. Você me conhece, sempre tento dar meu jeito. Eu encontrei o caminho da infinita visão… Essas coisas grandes, sabe? O céu, o mar, a lua, as estrelas. Não há uma vez que eu visite a praia e dê de frente com o mar e não penso se você não estaria de frente pra ele agora e olhando pro mesmo horizonte que eu. Nenhuma vez que eu olhe para o céu à noite e penso se você não estaria observando as estrelas também. Naquele resquício de som, acompanho a música e sussurro para o vento carregar minhas palavras: “I wanna hold your hand…”.

(Kalil Fagundes)