
Quero Parabenizar a todas ELAS pelo dia da mulheres e a todos ELES que saíram de uma delas.
Atualmente não posso considerar aquelas que saem nas capas de jornais, revistas e almanaques defendendo a classe feminina mostrando peito, embriaguez, falta de lucidez, bunda, silicone novo, rebolado até o chão e corpo sarado.
Para essas não tem dia, não tem hora e não tem momento nenhum que me faça sentir orgulho de ser uma delas pois não sou movimento de abrir e fechar, sou uma daquelas que veio e pra ficar.
Quero falar das anônimas e das esquecidas pela imprensa e pela história.
Descendo de uma raça de Marias, Madalenas, Sebastianas e muitas fulanas.
Tenho a tristeza de cada uma que sofre quando enterra seu filho que vira estatística, tenho a coragem de cada uma que acorda cedo para trabalhar e depois, no fim do dia, mesmo cansada, ainda encontra forças para conjugar o verbo amar.
Tenho a cabeça erguida de cada uma Maria da Penha e se precisar, não penso duas vezes pra sentar a lenha em quem me agride.
Somos uma Rosa de Luxemburgo no jardim de Joana D'arc.
Somos Patrícia Galvão quando a liberdade é profissão.
A dona Angela do Arco Iris lá no interior em Rio Claro nos representa.
Não somos passivas quando a pressão aumenta.
Somos, aquela que às vezes nem sabe o que colocar pra cozinhar na panela vazia.
Somos as Deusas reinando anônimas de um reconhecimento de periferia.
Mas somos e nos somamos.
Quando recusamos estar reinando na lua, tiramos as máscaras e vamos gritar na rua que estamos aqui e aqui PERMANECEREMOS!!
(Autor Desconhecido)