
Pelo receio de sofrer, somos mesquinhos, egoístas e primitivos.
Não ampliamos a confiança.
Somos juízes severos e implacáveis, prometendo o pior enquanto o melhor passa.
Pelo receio de sofrer, favorecemos a desgraça, o mal-entendido e abolimos a esperança. Inventamos suspeitas, sob a alegação de prevenir a dor.
Com receio de sofrer, falamos pelo tempo e o tempo nada tinha a dizer ainda, nem havia pensado no assunto.
Com receio de sofrer, o vento mais forte já é tempestade.
Pelo receio de sofrer, fazemos o outro sofrer mais do que sofreríamos na verdade sozinhos.