quarta-feira, 13 de maio de 2009

Remember

Recorda-te de mim quando eu embora
For para o chão silente e desolado;
Quando não te tiver mais ao meu lado
E sombra vã chorar por quem me chora.
Quando não mais puderes, hora a hora,
Falar-me no futuro que hás sonhado,
Ah de mim te recorda e do passado,
Delícia do presente por agora.
No entanto, se agum dia me olvires

E depois te lembrares novamente,
Não chores: que se em meio aos meus pesares
Um resto houver do afeto que em mim viste,
— Melhor é me esqueceres, mas contente,
Que me lembrares e ficares triste.

(Manuel Bandeira)

O maior elogio que eu poderia fazer a uma pessoa era dizer assim:
gosto de você além da minha imaginação,
não porque aprendi a gostar,
mas porque por mais que eu sonhe,
você é ainda melhor que o sonho.
Você é além da minha capacidade em te imaginar.
E eu jamais te diria isso.