quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Andei pensando...

"Andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada.
O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte.
Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) mas a morte é inevitável, portanto normal.
Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo (a), há então uma morte anormal.
O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu.
E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo (a).
Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER."

(Caio Fernando de Abreu)