
Sabe aquele momento que não cabe dentro?
A certeza de que a gente tudo pode, que o amor persiste, que a verdade está acima do bem e do mal e que sonhar vale a pena - sempre e pra sempre?!
Dá medo. Medo de voar pra muito longe. E depois, medo de perder as asas.
Dá medo sobretudo, de pensar.
Então prefiro reverenciar os Deuses.
Que sorte que nada!
Esforço e acaso nem combinam. Nem tanto o que comemorar. Mas o suficiente para hoje!
Eu que virada ao avesso, mereço mais! Hoje é dia de agradecer.
Uma jornada - passos que eu dei quando mais nada cabia aqui dentro.
As roupas sujas – a guerra, o intervalo entre uma dor e tantas dúvidas.
Nem cega, nem surda. Apenas(?) amo.
É tanta felicidade, mas tanta, que não se define ou decifra.
Mas não há como esconder a fragilidade atrás do sorriso.
Inevitavelmente pergunto – “Minha pérola /quando voltas ao mar?”
Deixa pra lá -Preciso ser feliz um poquinho; e depois eu penso!
(Fabiana Borges)